Berlim recusa união bancária sem alteração de Tratados

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, recusou hoje de novo a criação de um Mecanismo Único de Resolução dos bancos sem antes modificar ou adaptar os Tratados da União Europeia (UE).
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Num congresso da banca europeia em Frankfurt, no qual também participou o presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, Schauble sublinhou que para que o Governo alemão aceite a criação de uma resolução única bancária a decisão deve ser adotada por unanimidade e não por maioria qualificada ou então será necessário modificar os Tratados.

Anteriormente, Draghi instou os governos europeus a chegar a um acordo no estabelecimento do Mecanismo Único de Resolução, que é o segundo elemento da União Bancária depois da supervisão única.

Draghi sublinhou que na criação da União Bancária, que entra em vigor em 2015, é necessário um forte Mecanismo Único de Resolução.

"Outro elemento essencial na construção de um mercado bancário europeu integrado é uma harmonização de como liquidar bancos inviáveis", adiantou.

O BCE comunicou recentemente que é possível estabelecer o referido mecanismo sem mudar o Tratado de Maastricht com base no artigo 114, em linha com a Comissão Europeia e contra o argumentado por Berlim, que interpreta que é uma forma dos países mais solventes financiarem os Estados com problemas através dos bancos.

O ministro das finanças alemão sublinhou que umas "finanças sólidas são a condição para a capacidade de atuação dos Estados".

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