Berlim recusa união bancária sem alteração de Tratados
Num congresso da banca europeia em Frankfurt, no qual também participou o presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, Schauble sublinhou que para que o Governo alemão aceite a criação de uma resolução única bancária a decisão deve ser adotada por unanimidade e não por maioria qualificada ou então será necessário modificar os Tratados.
Anteriormente, Draghi instou os governos europeus a chegar a um acordo no estabelecimento do Mecanismo Único de Resolução, que é o segundo elemento da União Bancária depois da supervisão única.
Draghi sublinhou que na criação da União Bancária, que entra em vigor em 2015, é necessário um forte Mecanismo Único de Resolução.
"Outro elemento essencial na construção de um mercado bancário europeu integrado é uma harmonização de como liquidar bancos inviáveis", adiantou.
O BCE comunicou recentemente que é possível estabelecer o referido mecanismo sem mudar o Tratado de Maastricht com base no artigo 114, em linha com a Comissão Europeia e contra o argumentado por Berlim, que interpreta que é uma forma dos países mais solventes financiarem os Estados com problemas através dos bancos.
O ministro das finanças alemão sublinhou que umas "finanças sólidas são a condição para a capacidade de atuação dos Estados".