Bento XVI melhorou laços entre judaísmo e Cristiano, lembra rabino chefe Ashkenazi de Israel

O papa Bento XVI melhorou os laços entre o judaísmo e o cristianismo, o que ajudou a reduzir o antissemitismo em todo o mundo, afirmou hoje o rabino chefe Ashkenazi de Israel, referindo-se à resignação do papa.
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"Durante o seu mandato, as relações entre o judaísmo e o cristianismo tornaram-se muito mais próximas, o que levou a uma diminuição nos atos antissemitas em todo o mundo", disse um porta-voz do Rabino Yona Metzger, em declarações à AFP.

O porta-voz, que comentava o anúncio de Bento XVI de que resignará ao cargo a partir de 28 de fevereiro, devido "à idade avançada", manifestou-se esperançado em que o seu sucessor continuará na mesma linha.

"Estamos gratos ao papa Bento por tudo que ele tem feito para fortalecer os laços entre as religiões e promover a paz inter-religiosa", disse o rabino através de seu porta-voz.

"Desejo-lhe boa saúde e longos dias e anos, e espero e rezo para que o seu legado continue e que a orientação do Vaticano - durante o seu mandato e do seu sucessor - continue", disse.

Para a comunidade judaica, um dos marcos mais importantes do pontificado de Bento XVI foi a sua exoneração do povo judeu de responsabilidade pela morte de Jesus.

Num livro publicado em 2011, o papa escreveu que os responsáveis pela crucificação de Cristo foram a "aristocracia do templo" em Jerusalém e as "massas", mas não o povo judeu "como um todo".

O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou na altura a "coragem" do papa e líderes judeus disseram que estabelecia um marco importante contra o antissemitismo na Igreja.

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