Benfica reage à reportagem do New York Times e questiona motivação do jornal

Reportagem do jornal americano New York Times lança dúvidas sobre as relações das águias com a Justiça. Clube reage mostrando as respostas que enviou à publicação e questionando o interesse do jornal nas "guerras do futebol português".
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O Benfica reagiu à reportagem do jornal The New York Times sobre o hacker Rui Pinto e o caso dos e-mails, que titularam "O clube de futebol como Estado Soberano", revelando o teor das perguntas feitas pelo jornalista do NYT e das respostas dos advogados do clube. "O Benfica é totalmente alheio, não tendo qualquer envolvimento, nem qualquer ligação, nem participação em qualquer qualidade" nesse assunto [processo a Rui Pinto], garantiu o clube encarnado.

O repórter ao serviço do NYT questiona o clube da Luz sobre um documento de 49 páginas a que teve acesso, onde consta "um slide, que fala sobre como influenciar a federação, os órgãos políticos, os media e a comissão de arbitragem". O clube liderado por Luís Filipe Vieira não confirma a existência do do tal slide, mas garante que nunca "os profissionais do Benfica atuaram ou sugeriram quaisquer ações que não fossem perfeitamente legais".

"Algumas pessoas dizem que o Benfica tem uma influência pouco saudável nos órgãos de poder de Portugal. O que é que se diz a isto?", questiona o NYT.

"A primeira pergunta que alguém deve fazer é "quem" são as "algumas pessoas"?", respondem os representantes encarnados.. ""Os adversários do Benfica? Os adversários profissionais dos apoiantes de renome do Benfica? "Algumas pessoas" que querem ganhar campeonatos sem terem capacidade para o fazer, e assim usam todo o tipo de argumentos para falsamente reclamar contra o Benfica? E, também, aqueles que usam roubos, pirataria, que fazem campanhas de difamação, etc? Não nos esqueçamos que para atacar o Benfica, o maior e mais competente clube de futebol de Portugal, alguém pagou a hackers/piratas e assaltantes para obter informações comerciais sigilosas. Se algo semelhante ocorrer nos EUA, as autoridades, como o Departamento de Justiça, FBI, e até órgãos políticos, etc., estariam a perseguir e a acusar os hackers, os assaltantes e os agentes de difamação", respondeu o clube.

Depois, os representantes jurídicos do clube encarnado fazem questão de levantar a suspeição: "Porque é que uma Fundação norte-americana está tão interessada em suportar os custos da vida e da defesa de um hacker/criminoso?"

E prosseguem: o Benfica "procura justiça contra todos os criminosos que invadiram, assaltaram e insultaram esta instituição centenária", mesmo que seja "muito difícil opor-se a pessoas que estão a ser financiadas (em circunstâncias muito suspeitas) por entidades sediadas no estrangeiro com a cooperação de grupos internacionais de hackers (e também de antigos políticos que estão a preparar a sua futura carreira política, já que se encontram fora de cena neste momento)".

Mas será o Benfica "um polvo com tentáculos que se estendem até ao poder estatal e instâncias futebolísticas?", questiona o jornal.

Perante esta pergunta o clube da Luz lembra que "algumas investigações judiciais e decisões do Tribunal já demonstraram e decidiram onde está o polvo, quem é o polvo e porque é que alguns clubes rivais do Benfica estão tão preocupados em derrotar o Benfica fora das competições desportivas... Uma vez que não estão à altura para competir desportivamente contra o Benfica, tentam ao máximo atacar com falsas acusações".

O Benfica questiona mesmo porque é que "as guerras do futebol português" começaram a suscitar tal interesse nos EUA e no NYT e lembraram que "já foi confirmado por duas vezes, por dois Tribunais diferentes," que o antigo assessor jurídico encarnado Paulo Gonçalves, arguido por corrupção, no caso dos e-mails, não era considerado funcionário do Benfica.

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