Belenenses e SAD chegam a acordo para suspender todas as ações judiciais

A Federação Portuguesa de Futebol está a mediar uma tentativa de acordo entre as duas partes para que o diferendo entre os clube e a sociedade se resolva.
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A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou esta sexta-feira, em comunicado, que o Belenenses e o Belenenses SAD chegaram a acordo para suspenderem todas as ações judiciais que tinham um contra o outro. Trata-se do resultado de uma reunião que sentou à mesma mesa os presidentes das duas entidades Patrick Morais de Carvalho e Rui Pedro Soares, respetivamente, e o líder federativo Fernando Gomes.

O comunicado informa ainda que o presidente da FPF vai continuar a trabalhar com os dois presidentes das entidades até agora desavindas para que "se alcance uma solução digna dos valores desportivos".

No site oficial do Clube de Futebol "Os Belenenses", a direção do clube publicou também uma nota na qual agradece "os bons ofícios da Federação Portuguesa de Futebol e desde logo do seu presidente, dr. Fernando Gomes, como sempre empenhado na procura da defesa da imagem do futebol português, aquém e além-fronteiras".

O clube do Restelo acrescenta ainda que esta atuação "se pauta pela concretização do caminho determinado e defendido pelos associados do clube em sucessivas Assembleias Gerais realizadas ao longo dos últimos anos".

O litígio entre o direção do Belenenses e a administração da SAD arrasta-se há alguns anos e atingiu a rotura total, há cerca de um anos e meio, quando a equipa de futebol profissional abandonou o Estádio do Restelo e se mudou para o Estádio Nacional devido ao facto de o protocolo de utilização das instalações do Restelo terem terminado. Um facto que levou o clube a criar uma equipa de futebol sénior que começou a competir nos escalões distritais da Associação de Futebol de Lisboa.

No último ano o clube interpôs várias ações em tribunal para impedir que a SAD utilizasse o símbolo e o nome do Belenenses, o que obrigou mesmo a equipa que disputa a I Liga a alterar o seu emblema. Além disso, o clube tem procurado vender os 10% do capital social da SAD que ainda detém, por forma, segundo os responsáveis, a quebrar o último vínculo que ligava clube e sociedade.

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