Bebé Chonalyn é o cidadão 100 milhões das Filipinas
Chonalyn recebeu um certificado da Comissão de População e um quadro com o número 100 numa pequena festa de apresentação no hospital Fabella de Manila, segundo o portal "Rappler".
O cidadão 100 milhões surge numa altura em que existe no país uma polémica entre os que defendem um maior controlo da natalidade para lutar contra a pobreza que afeta um quarto da população contra os que sustentam que ambos os fenómenos não estão relacionados.
Em abril, o Supremo Tribunal declarou inconstitucional a Lei da Saúde Reprodutiva, a polémica legislação que tem a oposição da Igreja Católica porque promove o uso do preservativo.
Os detratores argumentam que a Constituição das Filipinas, de 1987, ampara a ideia do respeito incondicional da vida enquanto a Lei de Saúde Reprodutiva prevê políticas de planeamento familiar e controlo da natalidade, incluídas em campanhas de informação sobre preservativos e pilulas anticoncecionais.
A Igreja Católica, que tinha conseguido deter o anteprojeto de lei em comissões e despachos durante 18 anos, defende que a pobreza é um problema económico que requer uma solução "exclusivamente económica" e que, por isso, não se resolverá com a redução do índice de natalidade através de contracetivos.
Contra este pensamento, um documento da ONU indicou ao Governo que o crescimento económico não irá favorecer os pobres do arquipélago até que seja aplicada uma política de controlo da natalidade no país, cujo índice de fecundidade é de 3,19 crianças por mulher.
A população das Filipinas é em 80% católica e cresceu de 60,7 milhões de pessoas em 1990 até aos 100 milhões em 2014.