Beatriz Talegón acredita que se pode mudar o mundo
Licenciada em Direito, com 29 anos, fala três línguas, trabalhou como advogada, deu aulas de música, foi voluntária e trabalhou no McDonald's. "Por detrás dos 13 anos de descontos que tem para a segurança social, escondem-se muitas entrevistas de trabalho", escreve o 'El País', num artigo em que a jovem volta a reafirmar as críticas que fez no Conselho da Internacional Socialista.
"Quem quiser pode comprovar o meu percurso. Ganho 2500 euros e pago mil em impostos em Viena. Nunca viajei em primeira classe, por uma questão de princípios", declara, admitindo que é hiperativa e idealista. "Sim, é verdade que acredito que se pode mudar o mundo".
Numa outra entrevista, hoje publicada pelo 'ABC', outro jornal diário espanhol, Beatriz Talegón reafirma não estar arrependida do que disse no hotel em Cascais e acrescenta estar habituada a "manifestar-se sem medo" e que o disse ali "não é uma mensagem que vem de agora".
VEJA O VÍDEO DA INTERVENÇÃO DE BEATRIZ TALEGÓN:
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A secretária-geral da juventude da Internacional Socialista diz que 99,9% das mensagens e reações que recebeu a seguir à sua intervenção são "de carinho" e diz esperar que o que fez tenha servido para "elevar o coração das pessoas e que cada um, a nível individual, faça a sua revolução, com a verdade, o companheirismo, os valores de cooperação".
Questionada pelo 'ABC' sobre o sítio onde dormiu em Portugal, depois de criticar os líderes socialistas de ficarem alojados em hotéis de cinco estrelas, Beatriz Talegón esclarece que ficou na pensão Persi e dividiu o quarto com mais duas raparigas, para poupar. E remata: "No dia em que toda a gente tiver acesso a tudo, sim, claro que sim, iremos todos para um hotel de cinco estrelas".