BE questiona funcionamento do Colégio Militar

Bloquistas dizem que instabilidade "coloca em risco o bom funcionamento" daquele estabelecimento militar de ensino.
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O "clima de grande instabilidade" no Colégio Militar levou o Bloco de Esquerda a questionar esta terça-feira o ministro da Defesa sobre a natureza das "decisões pedagógicas" tomadas pela direção daquela escola do Exército.

"Julga o Governo ser congruente suspender, interditar o acesso a instalações e cessar o regime de internato em virtude do protesto promovido pelos alunos do Colégio Militar?", perguntou ainda o BE, no requerimento dirigido ao ministro Azeredo Lopes.

Na base deste requerimento, assim como no que o PSD também entregou esta terça-feira, está a notícia da suspensão de 19 alunos do 12º do Colégio Militar há pouco mais de uma semana, depois de os estudantes se terem autodesgraduado em protesto contra medidas disciplinares recentes e um acumular de atitudes (sentidas como militaristas) de oficiais do Exército ao longo dos últimos meses.

O caso foi noticiado domingo pelo DN, com diferentes fontes a reconhecerem o clima de mal estar e instabilidade que se tem vivido no Colégio Militar.

Os bloquistas, face aos dados conhecidos, consideram que há "um clima de grande instabilidade no seio do Colégio Militar" que "certamente afeta toda a sua estrutura interna e externa e coloca em risco o bom funcionamento daquela instituição, com prejuízos manifestos para os seus alunos".

Nesse sentido, adiantou o BE, "como pretende o Governo responder às recentes posições da direção" do Colégio e que, de forma inédita, levou mais de dois terços dos alunos do 12º ano a autodesgraduarem-se.

Note-se que a atitude desses alunos foi replicada pelos 13 graduados do 11º ano, embora depois tenham recuado na sequência de uma reunião que votou maioritariamente nesse sentido.

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