BCE sobe previsão de crescimento do PIB da zona euro para 5% este ano

O Banco Central Europeu (BCE) afirmou que a previsão do crescimento do PIB para a zona euro subiu para 5% em 2021, mas mantém as taxas de juro no quarto trimestre em relação ao resto do ano.
Publicado a
Atualizado a

O Banco Central Europeu (BCE) subiu esta quinta-feira a previsão de crescimento para a zona euro para 5% em 2021, num contexto de recuperação económica após o impacto da pandemia, afirmou hoje a presidente da instituição, Christine Lagarde.

Numa conferência de imprensa realizada depois da reunião do conselho do BCE, Lagarde também afirmou que a economia da zona euro deverá ultrapassar o nível de antes da pandemia até ao final deste ano e que taxa de inflação pode ultrapassar 2% este ano.

A presidente do BCE afirmou ainda que "o impacto da pandemia é menos duro", mas que a variante delta poderia atrasar a abertura total da economia.

Contudo, os peritos do BCE baixaram ligeiramente a previsão de crescimento para 2022 de 4,7% para 4,6% e deixaram inalteradas em 2,1% as expectativas para 2023.

Em relação à taxa de inflação, o BCE reviu as previsões de inflação para 2021, 2022 e 2023 na zona euro, vendo os preços subirem para 2,2% este ano, acima da meta a médio prazo da instituição sediada em Frankfurt, disse a presidente Christine Lagarde.

A inflação, que se esperava ser de 1,9% até agora, deverá atingir 1,7% em 2022 e 1,5% em 2023.

Mas o BCE ainda acredita que o atual aumento da inflação é "em grande parte temporário", acrescentou Lagarde na conferência de imprensa após a reunião do conselho do BCE.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje as taxas de juro e decidiu reduzir o ritmo das compras semanais do Pandemic Emergency Purchase Programme (PEPP) no quarto trimestre em comparação com os trimestres anteriores porque as condições de financiamento melhoraram."

Com base numa avaliação conjunta das condições de financiamento e das perspetivas de inflação", o Conselho do BCE considera que as condições de financiamento favoráveis podem ser mantidas com um "ritmo ligeiramente inferior de aquisições" do PEPP relativamente aos dois trimestres anteriores, disse o BCE num comunicado.

O Conselho do BCE também confirmou a manutenção das taxas de juro, as indicações sobre possíveis desenvolvimentos futuros, outras aquisições de dívida, as políticas de reinvestimento e as operações de refinanciamento de longo prazo.

O BCE deixou a taxa de juro das principais operações de refinanciamento, os leilões semanais, inalterada em 0%.

Também deixou inalterada a facilidade de crédito marginal, a taxa de juro a que empresta aos bancos durante a noite, em 0,25%, e a facilidade de depósito, pela qual penaliza o excesso de reservas durante a noite, em -0,50%.

O Conselho do BCE espera que as taxas de juro "se mantenham nos níveis atuais ou abaixo" até ver que a inflação se situa em 2% a médio prazo.

Além disso, o BCE terá em conta que a inflação subjacente, que exclui os elementos mais voláteis como a energia e os alimentos, também está a subir.

O BCE está disposto a aceitar "um período de transição em que a inflação esteja moderadamente acima do objetivo", acrescenta a declaração.

O Conselho do BCE comprará uma dívida de emergência para lidar com a pandemia "pelo menos até ao final de março de 2022 e, em qualquer caso, até que considere que a fase de crise do coronavírus terminou".

Este programa de aquisição de dívida tem uma dotação total de 1,850 biliões de euros.

O BCE compra atualmente cerca de 80.000 milhões de euros por mês através do PEPP.

As cobce

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt