Bastou Francisco fardar-se para chamar atenção de Cátia
Se, em 2003, Francisco Lopes não tivesse vestido a sua farda de escuteiro para participar num encontro do grupo da Charneca, é provável que não tivesse chamado a atenção de Cátia Santos. "Ele era o único elemento fardado", recorda a assistente técnica, que, compara o administrativo, "era o oposto dele". Nada que travasse os então adolescentes de 15 anos de formar uma amizade. Começariam a namorar em 2004.
O primeiro beijo aconteceu no Campo das Amoreiras, enquanto esperavam pelo autocarro para regressarem a casa depois de uma atividade do grupo de escuteiros. A viagem vai ser selada quinta-feira, quando, numa cerimónia pelo civil, trocarem alianças sob a bênção de Santo António. "Vai ser uma grande festa", acredita o lisboeta, que, em 2012, pedira Cátia em casamento numa praia de Peniche.
"Ele desenhou na areia um coração com a frase "Casas comigo, rainha?"", conta a noiva. O "sim foi recebido com risos e aplausos de familiares, amigos e desconhecidos que por ali passavam. O casal só agora alugou casa, mas tem desde há anos uma rotina definida - ir ver os recém-casados por Santo António a desfilar por entre o concurso das Marchas Populares. Este ano, os papéis invertem-se. "Temos amigos que nos dizem "Este ano vou às marchas"", assegura Cátia. Ainda assim, é Francisco quem tem sido mais reconhecido, principalmente no local de trabalho. Foi, aliás, durante o horário laboral que a jovem recebeu a notícia de que o casal tinha sido selecionado. O noivo só acreditou quando uma colega dela confirmou que o telefonema tinha mesmo acontecido.