"Ela foi melhor", admite Bárbara Timo, eliminada no primeiro combate em -63 kg

A judoca foi medalha de bronze nos Europeus de 2021.
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A judoca Bárbara Timo foi hoje eliminada no primeiro combate nos Europeus de Sófia, ao perder na categoria de -63 kg com a britânica Gemma Howell, em duelo disputado na Arena Armeets.

Bárbara Timo, medalha de bronze nos Europeus de 2021, em Lisboa, e vice-campeã mundial em 2019, em Tóquio, apresentava-se nestes Europeus numa categoria abaixo da anterior, depois de ter mudado, tal como a sua adversária de hoje, dos -70 kg para os -63 kg.

Esta vai ser a primeira vez que a judoca lusa não vai subir ao pódio desde que mudou de categoria, depois de ter conquistado nos -63 kg o ouro na Taça Kobayashi e no Grand Slam de Paris, e um bronze no Grand Slam de Antália.

Com dificuldade em esconder as lágrimas, Bárbara Timo reconheceu a superioridade da britânica Gemma Howell.

"Quando a adversária é melhor do que eu, a humildade fala mais alto, ela foi melhor. Mesmo tentando controlar todas as variáveis possíveis, treinando o melhor que posso, tentando melhorar todos os pormenores, mas aqui dentro do tapete só me posso controlar e saber que ela foi melhor", disse no final a judoca.

Bárbara Timo sabia à partida que a exigência que o sorteio lhe colocara pela frente era extrema, por defrontar uma oponente que também desceu de categoria -- mantendo toda a sua potência muscular -, e a quem nunca venceu.

"Eu tenho dificuldade em lutar com ela, já lutei outras vezes, umas três ou quatro vezes e perdi todas. Mesmo a treinar bem, eu treino, tenho confiança, acredito, vou tentando sempre estratégias diferentes, mas tenho dificuldades", admitiu.

Para a judoca, que se apresentou em -63 kg sem ser cabeça de série, numa categoria em que até tem vencido, mas ainda não tem pontos suficientes para se colocar entre as primeiras, o mais importante continua a ser o conhecimento das adversárias.

"Se fosse para escolher preferia pegar uma das atletas novas, que é um dos objetivos desta nova categoria, para conhecer, para os grandes campeonatos, mas já que ela [Gemma Howell] é desta categoria também tenho de aprender a lutar com ela", lembrou.

No circuito ou em estágios, a judoca olímpica do Benfica considera ser fundamental ir cimentando o conhecimento das adversárias na nova categoria de peso, e mesmo em relação ao Howell, que a venceu duas vezes em 2017, e em 2020.

"Também não pego no quimono dela para treinar ou competir há mais de dois anos. A última vez que lutei com ela foi em Paris, em 2020", disse, perspetivando um ano em que possa efetuar outras provas, em Open e Grand Slam, para ganhar esse conhecimento.

Portugal compete nos Europeus de Sófia, a decorrerem até domingo, com 11 judocas, numa competição em que Catarina Costa conquistou na sexta-feira a primeira medalha lusa e a 39.ª da história da seleção, ao ser prata em -48 kg.

Ao segundo dia em Sófia, também João Crisóstomo (-73 kg), que, à semelhança de Bárbara, se apresentava com uma medalha de bronze conquistada nos Europeus de Lisboa (2021), não resistiu ao italiano Fábio Basile.

Frente ao campeão olímpico no Rio de Janeiro (em -66 kg), Crisóstomo perdeu já no prolongamento (golden score), quando estavam decorridos 30 segundos, num total de 04.30 minutos de combate.

Com entrada direta na segunda eliminatória, João Fernando (87.º em -81 kg) defrontou o checo Adam Kopecky (90.º), um oponente muito perto de si no 'ranking', num combate que tentou dominar, com vários ataques, mas acabou surpreendido com um waza-ari.

A menos de um minuto do final, o judoca do Sporting não evitou uma projeção de lado e já não conseguiu recuperar a tempo de reverter a eliminação.

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