Banco credor do Valência chega a acordo com Peter Lim
Tanto em dezembro, quando Peter Lim fez a primeira oferta de compra pelo Valência, como em maio - data da última oferta - os termos da proposta dedicavam cerca de 125 milhões de euros para efeitos de quitação da dívida.
O presidente do Valência, Amadeo Salvo, reconheceu que a oferta do magnata de Singapura não se tinha alterado - entre dezembro e maio - no que dizia respeito aos montantes dedicados à dívida ao banco, pressupondo assim que o Bankia teria de aceitar perdas de cerca de 40 por cento do dinheiro emprestado.
No entanto, a 16 de maio - véspera da decisão de venda do Valência a Peter Lim - o Bankia fez saber aos investidores que não iria aceitar que o negócio contemplasse qualquer quitação de dívida.
Na prática, o Bankia manteve a sua decisão de não incluir a dívida no negócio, anunciando hoje que fez um acordo paralelo com a Meriton Holdings (de Peter Lim) para reestruturar a dívida (320 milhões de euros emprestados ao Valência CF e à sua Fundação).
"A Meriton Holdings fez uma oferta forte, que inclui um plano de negócios exequível, consistente e credível para o Valencia CF, o que permite uma reestruturação sustentável no longo prazo da atual dívida do Valencia CF. Isto traz estabilidade financeira no longo prazo e uma plataforma sólida para fortalecer o clube", escreve o Bankia.
A transação está estruturada "de forma a permitir ao Bankia a possibilidade de recuperar na íntegra todos os fundos emprestados no passado ao clube e à sua Fundação VCF, num total de cerca de 320 milhões de euros".
No Valência jogam os portugueses João Pereira, Ricardo Costa (ambos internacionais) e Rúben Vezo. O clube também detém o passe do avançado Hélder Postiga.