Bactéria encontrada em salada em centro grossista de Frankfurt, autoridades desdramatizam
O centro de comércio grossista foi selado e a alface distribuída nos últimos tempos retirada dos pontos de venda, disse o porta-voz do ministério do Ambiente de Hessen, Thorsten Neels. "Não há motivos para pânico", disse o mesmo responsável, lembrando que as infecções com E.coli têm descido acentuadamente no estado federado de Hessen, nos últimos dias, tal como no resto do país.
No princípio da semana, já tinha sido detectada a mesma bactéria em salada roxa, numa exploração agrícola de Fürth, na Baviera, mas os responsáveis locais pela saúde pública sublinharam que é "muito improvável" que se trate da estirpe 0104:H4, encontrada no Norte da Alemanha e pode provocar sérios danos renais e cerebrais, e até causar a morte.As análises laboratoriais para apurar de que estirpe se trata só estarão concluídas na próxima semana. A exploração em causa já voltou a funcionar, por não haver risco para a saúde pública, foi também anunciado.
No fim de semana passado, o Instituto Robert Koch (RKI) de Berlim (agência federal de combate a doenças) levantou as recomendações contra o consumo de pepinos, tomate e alface crus feitas a 25 de maio. Declarou que o actual surto infeccioso teve origem em rebentos vegetais produzidos numa exploração agrícola de Bienenbüttel, na Baixa Saxónia. O número de mortos aumentou hoje para 39 (38 na Alemanha e um na Suécia, desde o início do surto), com a morte de mais um doente. O número de infecções registadas na Alemanha é agora de 3304.
Uma sondagem publicada na quarta-feira pelo Instituto Forsa referia que a maioria dos alemães está descontente com a forma como o governo federal geriu a crise da E.coli, sobretudo no que se refere à política de informação. Em finais de maio, as autoridades sanitárias de Hamburgo anunciaram que o surto tinha origem em pepinos importados da Espanha. A informação foi desmentida, mas causou graves prejuízos aos horticultores espanhóis. Há duas semanas, o ministério da Saúde da Baixa Saxónia afirmou que a origem do surto eram os rebentos vegetais de Bienenbütte. O Instituto Robert Koch começou por se mostrar céptico, mas cinco dias mais tarde deu razão às autoridades.