Aznar diz que não foi convidado para o congresso do PP

O ex-primeiro-ministro espanhol falou sobre a eleição do novo líder do Partido Popular e a situação no país durante um encontro nos cursos de verão da Universidade de Málaga.
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José María Aznar anunciou que não vai estar presente no congresso do Partido Popular (PP), que se realiza nesta sexta-feira e no sábado e vai eleger o novo líder partidário, uma vez que não teve "a honra de ser convidado". O ex-primeiro-ministro recusou dizer quem apoia na corrida, se Soraya Sáenz de Santamaría ou Pablo Casado.

"Eu só fui presidente do PP durante 14 anos, do governo durante oito e deputado durante 20, mas provavelmente isso não dá direito a nenhum convite", disse sarcástico num evento na Universidade de Málaga, citado pela agência Europa Press.

Aznar reiterou que continuará à margem do procedimento para eleger o sucessor de Mariano Rajoy na liderança e não vai fazer como o socialista José Luis Zapatero, que mostrou "a sua clara preferência" pela candidatura de Soraya Sáenz de Santamaría, ex-número dois do governo, frente ao vice-secretário de Comunicação do PP, Pablo Casado.

O presidente da Fundação FAES disse ainda que se vive uma situação "delicada" em Espanha, onde o socalista Pedro Sánchez chegou à chefia do governo após uma moção de censura contra Mariano Rajoy, que contou com o apoio do Podemos e de partidos independentistas.

Aznar diz que se viveu "um golpe de Estado secessionista" que "não foi desarticulado", questionando "como é possível" que "os golpistas continuem" e que o executivo espanhol seja apoiado por eles."Não posso entender como os dirigentes políticos espanhóis não estão cientes dos danos institucionais que isso acarreta e do perigo que em Espanha haja um golpe de Estado que não foi desmantelado", referiu, de acordo com a EFE.

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