Aviso: sem patrocinadores é impossível fazer melhor
À chegada à Lisboa, Hélder Rodrigues lembrou que "a pior experiência" da edição deste ano do rali Dakar foi a incerteza em participar na prova sul-americana, com partida na Argentina e meta no Perú, depois de uma passagem pelo Chile.
"Foi muito difícil para mim. A um mês do rali Dakar não tinha a certeza se fazia a prova, porque não tinha as verbas de que precisava. E isso foi muito difícil para mim. Decidiram-se as coisas todas em cima do rali. No rali, algumas coisas que se passaram tiveram a ver com isso e sofri bastante", disse.
Hélder Rodrigues repetiu o terceiro lugar em motos do ano passado, mas considerou que "é impossível evoluir". "Já cheguei a um nível que, se as coisas não evoluírem em termos de patrocínios, é impossível eu, e a minha equipa, fazer melhor. Temos de evoluir a nível de equipa, temos de construir uma equipa mais forte e isso tem custos", sublinhou Hélder Rodriques.
O piloto português, recebido no aeroporto por mais de cinco dezenas de pessoas, referiu que o que fez "é já quase impossível". "É muito difícil daqui para a frente. Não consigo mais", referiu. No entanto, Hélder Rodrigues considerou que fez "um Dakar melhor" do que no ano passado, "mais consistente" e com "um excelente resultado".
"Acho que evoluí bastante e as coisas têm corrido bem, apesar das dificuldades", declarou, destacando a diferença da sua equipa para a do vencedor, o francês Cyril Despres: "Estamos todos a evoluir, mas eles têm fortes patrocinadores. Quem trabalhar melhor este ano poderá vencer o próximo Dakar".