Autoridades vão retirar 1.750 famílias das imediações da maior lixeira de Maputo
Ana Comoana, porta-voz do conselho de ministros, anunciou hoje no final da reunião do órgão que numa primeira fase serão retiradas cerca de 400 famílias e a operação vai custar 17 milhões de euros.
"São valores que incluem a abertura de vias de acesso, instalação de equipamentos sociais, construção de casas e promoção de projetos de geração de renda", afirmou.
A segunda etapa vai abranger a transferência de 500 famílias, num orçamento estimado em 23 milhões de euros, e a terceira e última implicará a retirada de 800 famílias, operação avaliada em 40 milhões de euros.
Apesar de questionada pelos jornalistas, a porta-voz do conselho de ministros não apontou prazos para as diferentes fases.
"Na prática, o plano de reassentamento está em execução e até que se atinjam todos os objetivos ainda vai levar algum tempo", declarou a porta-voz do Conselho de Ministros.
Após o aluimento de lixo já foram retiradas e transferidas para acampamentos provisórios 173 famílias.
Ana Comoana adiantou que a construção do aterro que vai substituir a lixeira de Hulene vai arrancar ainda este ano e a entrada em funcionamento está prevista para 2019.
Uma parte da maior lixeira da capital com altura de um edifício de três andares desabou a 19 de fevereiro devido a chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias em redor.
O acidente provocou 16 mortos, sete dos quais eram crianças, de acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Maputo.