Autocarros em Lisboa estão hoje parados e começa uma semana de greves. Saiba quais
A greve do Metro de Lisboa convocada para hoje, dia 10 de abril, já não se realizará, mas nem por isso os utentes dos transportes públicos portugueses terão vida facilitada.
Para esta sexta-feira os trabalhadores da Carris agendaram uma greve de 24 horas para contestar a intenção do Governo de subconcessionar os transportes públicos da capital.
De acordo com uma nota da Carris, "prevê-se a perturbação do serviço de transporte" na sexta-feira, "com início às 03:00, prolongando-se a mesma até ao final do último serviço deste dia".
"Na sequência da convocação de serviços mínimos por parte do Tribunal Arbitral, a Carris informa ainda que estarão em funcionamento, em 50% do regime normal, as carreiras 703 e 751, sendo que também estará a funcionar o serviço de transporte exclusivo de pessoas de mobilidade reduzida", acrescenta a empresa.
A greve do metropolitano marcada para o mesmo dia fora convocada devido às mesmas razões que a da Carris, mas na quarta-feira acabou por ser desconvocada pelos sindicatos do sector, após o tribunal arbitral ter ordenado serviços mínimos. Consideraram então que não se reuniam as condições mínimas de segurança para os utentes.
No entanto, os sindicatos afetos ao Metro tencionam manter a paralisação de dia 17, cujo pré-aviso foi já entregue. "A luta vai continuar contra esta intenção de privatização. Mudámos apenas o dia 10 para o dia 17", disse ontem à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).
No dia anterior, 16 de abril, quinta-feira, são os comboios que voltam a ficar parados, pois a CP e a REFER estarão em greve.
A paralisação da CP fora anunciada ainda durante a anterior greve, que suprimiu quatro mil comboios em apenas cinco dias. Dia 16, à luta destes funcionários juntam-se os trabalhadores da Estradas de Portugal e da REFER, duas empresas que, anunciou hoje o Governo, serão fundidas.
Os sindicatos justificam a greve com as indefinições relativamente ao que vai acontecer com os trabalhadores das empresas o seguimento do processo de fusão.
Como referido, o Metro para depois a 17, mas não deve ficar por aqui: a administração do Metropolitano tem em cima da mesa um outro pré-aviso de greve, para quarta-feira, 22 de abril.