Autarquia reforça intenção de candidatar antiga praça-forte

A Câmara Municipal de Almeida anunciou hoje a continuação do procedimento de candidatura da antiga praça-forte da vila fronteiriça a Património Mundial, no âmbito de um processo que envolve outras fortalezas abaluartadas nacionais.
Publicado a
Atualizado a

Segundo o autarca, uma vez que falhou a candidatura conjunta com Elvas, a autarquia de Almeida vai dar continuidade ao processo e trabalhar para apresentar uma proposta junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

António Batista Ribeiro disse hoje à agência Lusa que já pediu uma audiência ao secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, para discutir a proposta que também envolverá as fortificações abaluartadas de Valença, Estremoz e Mação.

"Eu já pedi uma audiência ao senhor secretário de Estado da Cultura e vamos seguir. Os outros meus colegas também estão interessados em continuar com esta candidatura", explicou.

O autarca lembrou que o processo inicial de candidatura das fortificações abaluartadas nacionais também envolvia a autarquia de Elvas que, a 30 de junho, viu aprovada a sua proposta pela UNESCO.

"Vamos [dar continuidade ao processo de candidatura], porque penso que nós teremos o mesmo valor que tem Elvas para nos ser reconhecida também essa classificação", admitiu.

Assegurou que a Câmara de Almeida "não desiste" da intenção e já iniciou contactos com os autarcas de Valença, Estremoz e Marvão, para darem seguimento aos trabalhos realizados anteriormente.

O autarca contou que ficou "muito agradado e satisfeito" com o reconhecimento de Elvas, que "é merecidíssimo", como acredita que é também o das fortalezas de Almeida, Valença e Estremoz, que estavam incluídas na primeira "candidatura em série", que acabou por não se concretizar.

O conjunto de fortificações de Elvas, classificado de Património Mundial, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares.

Quanto a Almeida, o presidente da Câmara aponta que aquela antiga praça-forte, rodeada por um fosso, construída nos séculos XVII e XVIII, possui muralhas que estão bem conservadas e umas 'Casamatas' (construções subterrâneas à prova de bomba) que são "únicas no Mundo".

A antiga fortaleza, de forma hexagonal, constituída por seis baluartes e igual número de revelins, é também considerada uma "joia" da arquitetura militar abaluartada.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt