Aumento de capital do BES expõe fragilidades do grupo
O "Diário Económico" escreve hoje que "ações judiciais, interrogações sobre a sucessão, relações com Angola, possíveis abalos nos fundos próprios na transição para o BCE, redefinição acionista, imposições dos reguladores, auditorias que revelam "irregularidades materialmente relevantes" numa das 'holdings' do grupo Espírito Santo. É vasto e simbólico o rol de informação sobre o aumento de capital do Banco Espírito Santo (BES) de 1.045 milhões de euros, cuja subscrição de novas ações arranca na terça-feira. É que, se um prospecto deve, por definição, informar na totalidade o investidor quanto à realidade do ativo em que se prepara para investir, de certa forma o documento ontem divulgado oficializa, pondo por escrito, todda uma nova era na vida do banco da família Espírito Santo Salgado em que não há espaço para a tradicional "discrição" dos banqueiros ou para manter o que quer que seja entre quatro paredes. Uma era em que nada, seja por imposições regulamentares, lutas de poder internas ou sinais dos tempos, poderá ficar como dantes".