Aumentar idade das reformas? "Inaceitável"

A Associação Nacional de Sargentos considerou hoje "inaceitável" a intenção do Governo em equiparar as pensões militares à dos polícias
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Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente José Gonçalves disse que a Associação Nacional de Sargentos (ANS) é "frontalmente contra, porque há determinadas funções que os militares têm que não são compagináveis a degradação física própria da idade".

"Quero lembrar também que houve uma redução de efetivos. Neste momento, somos 32 mil militares a dar resposta a tudo o que é atividade operacional das Forças Armadas. Trinta e dois mil militares é metade do Estádio da Luz" [capacidade], sublinhou.

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O dirigente associativo realçou que estes 32 mil militares têm de dar cobertura à Zona Económica Exclusiva (ZEE) em termos de segurança e patrulha, busca e salvamento, o que é "impraticável com pessoas com idades acima de determinado patamar".

"Nós estamos a trabalhar em frentes operacionais no limite e os próprios chefes militares têm referido isso. Não estamos a ver de que forma o Governo poderá empenhar mais anos nesta atividade sem recrutar mais gente para as forças armadas", disse.

O mesmo responsável frisou que a média de idade da reforma está atualmente nos 55 anos, mais 40 anos de serviço.

"Há atividades que são críticas dentro das Forças Armadas como por exemplo os nadadores-salvadores, pilotos, bombeiros, entre outras", salientou.

O presidente da ANS disse não ter conhecimento oficial desta informação, adiantando que na quinta-feira foi ao Ministério da Defesa entregar um ofício a solicitar informações ao ministro Azeredo Lopes.

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