Uma ex-funcionária acusou Robert De Niro de abuso verbal, comportamento inadequado e discriminação de género num processo judicial acionado pela empresa do ator por ter gasto centenas de milhares de dólares com um cartão de crédito da empresa..A mulher, Graham Chase Robinson, diz que De Niro a submeteu a "contactos físicos indesejados", que repetidamente lhe fez comentários ofensivos e que foi forçada a assumir tarefas domésticas que não eram pedidas a funcionários do sexo masculino. Entre outras coisas, a ex-funcionária diz que o ator a fez coçar as costas, apertar as camisas ou lavar a roupa..De acordo com o processo, que decorre num tribunal federal de Nova Iorque, Robinson disse ainda que a estrela de Hollywood lhe pagava menos do que aos seus colegas, apesar de ter maiores responsabilidades. Robinson pede para ser compensada com pelo menos 11 milhões de euros por salários e danos perdidos..O processo surge depois de a empresa do ator, a Canal Productions, ter acusado a ex-funcionária de ter gasto dinheiro da empresa com despesas pessoais e de passar muito do seu tempo a assistir a séries de televisão. A empresa alegou que, por exemplo, Robinson usou o cartão de crédito para pagar cerca de 11 mil euros em restaurantes e 29 mil euros em viagens de táxi e uber..A Canal Productions pede 5,5 milhões de euros de indemnização e descreveu a mulher como uma funcionária que usou a confiança que detinha para se aproveitar em beneficio pessoal..Também James Franco é acusado de assédio, mas por parte de duas estudantes da escola de representação do ator, que o acusaram de ter aproveitado sexualmente delas. A ação foi interposta no tribunal de Los Angeles por Sarah Tither-Kaplan e Toni Gaal..Tither-Kaplan foi uma das cinco mulheres que denunciaram o ator por suposta má conduta sexual, num artigo publicado em janeiro de 2018 pelo Los Angeles Times. As duas mulheres garantem que James Franco e os seus parceiros no Studio 4 "desenvolvem um comportamento inapropriado com os alunos"..Tither-Kaplan e Gaal inscreveram-se no Studio 4 em 2014, e garantem que as aulas incluíam lições sobre cenas de sexo que consistiam em "simulações de atos sexuais que iam muito além dos padrões da indústria". Sarah Tither-Kaplan, como já tinha declarado no artigo do Los Angeles Times, especificou no processo a alegada filmagem de uma orgia na qual Franco simulava praticar sexo oral. No processo é exigida uma compensação pelos danos e o retorno ou destruição de qualquer gravação feita no Studio 4..A polémica em torno de Franco começou nos Globo de Ouro de 2018, onde este recebeu o prémio de melhor ator na comédia "O artista do desastre" (2017) e em cujo tapete vermelho desfilou com um alfinete do Time's Up (movimento contra o assédio sexual). Durante a cerimónia, várias atrizes acusaram o ator de ser hipócrita por usar um desses crachás, apontando-o como responsável por episódios de abuso sexual no passado. Alguns dias depois, Franco respondeu a essas acusações numa entrevista com Stephen Colbert, no programa noturno "The Late Show".