Atletas do Quénia tiveram de ficar em favela depois do fecho da aldeia olímpica

O ministro de desporto queniano dissolveu o comité olímpico nacional após os atletas divulgarem imagens da favela onde estavam hospedados
Publicado a
Atualizado a

Os atletas da equipa olímpica do Quénia estão hospedados numa favela no Brasil, após a aldeia olímpica ter encerrado. Isto porque, segundo Wesley Korir, um dos atletas, a organização decidiu esperar para encontrar um voo mais barato de regresso para o Quénia e os desportistas não tinham onde ficar.

Wesley Korir, que competiu na maratona masculina durante os Jogos, publicou no Twitter imagens e vídeos do novo alojamento dos atletas. Revoltado, o atleta e deputado queniano, criticou a organização por deixar que os representantes do país ficassem em tão más condições.

"Inacreditável. É aqui que a equipa queniana vai dormir hoje", escreveu Wesley Korir no Twitter,

[twitter:768562808158027777]

Os atletas do Quénia ganharam seis medalhas de ouro, seis de prata e uma de bronze nos Jogos Olímpicos. Pelo Twitter, Wesley Korir, queixou-se da forma como a melhor equipa olímpica africana estava a ser tratada, acrescentando que os atletas foram aconselhados a ficarem dentro de casa após terem ouvido tiros durante a noite toda.

[twitter:768520996139704321]

O ministro do Desporto queniano, Hassan Wario, anunciou entretanto a dissolução do Comité Olímpico Nacional.

"Dissolvo o Comité Olímpico Nacional (NOCK) com efeito imediato e transfiro as responsabilidades dos seus membros para o Quénia Sport", uma organização governamental fundada em 2013, disse Hassan Wario numa conferência de imprensa em Nairobi.

Por sua vez, o secretário-geral do NOCK, Paul Francis, afirmou na mesma conferência de imprensa que a sua organização depende do Comité Olímpico Internacional e não do governo, e que, portanto, este não tem poder para dissolvê-lo.

"Nós não vamos deixar os nossos escritórios e, no que nos diz respeito, continuaremos em funções", referiu Paul Francis.

Este não foi o primeiro problema reportado pelos atletas quenianos. A 18 de agosto o governo ordenou a abertura de um inquérito, incluindo o de um suposto roubo de um avultado patrocínio, e a investigação a atividades obscuras no seio do organismo, por parte de alguns dirigentes corruptos.

Com Lusa

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt