Atletas do Quénia tiveram de ficar em favela depois do fecho da aldeia olímpica
Os atletas da equipa olímpica do Quénia estão hospedados numa favela no Brasil, após a aldeia olímpica ter encerrado. Isto porque, segundo Wesley Korir, um dos atletas, a organização decidiu esperar para encontrar um voo mais barato de regresso para o Quénia e os desportistas não tinham onde ficar.
Wesley Korir, que competiu na maratona masculina durante os Jogos, publicou no Twitter imagens e vídeos do novo alojamento dos atletas. Revoltado, o atleta e deputado queniano, criticou a organização por deixar que os representantes do país ficassem em tão más condições.
"Inacreditável. É aqui que a equipa queniana vai dormir hoje", escreveu Wesley Korir no Twitter,
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Os atletas do Quénia ganharam seis medalhas de ouro, seis de prata e uma de bronze nos Jogos Olímpicos. Pelo Twitter, Wesley Korir, queixou-se da forma como a melhor equipa olímpica africana estava a ser tratada, acrescentando que os atletas foram aconselhados a ficarem dentro de casa após terem ouvido tiros durante a noite toda.
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O ministro do Desporto queniano, Hassan Wario, anunciou entretanto a dissolução do Comité Olímpico Nacional.
"Dissolvo o Comité Olímpico Nacional (NOCK) com efeito imediato e transfiro as responsabilidades dos seus membros para o Quénia Sport", uma organização governamental fundada em 2013, disse Hassan Wario numa conferência de imprensa em Nairobi.
Por sua vez, o secretário-geral do NOCK, Paul Francis, afirmou na mesma conferência de imprensa que a sua organização depende do Comité Olímpico Internacional e não do governo, e que, portanto, este não tem poder para dissolvê-lo.
"Nós não vamos deixar os nossos escritórios e, no que nos diz respeito, continuaremos em funções", referiu Paul Francis.
Este não foi o primeiro problema reportado pelos atletas quenianos. A 18 de agosto o governo ordenou a abertura de um inquérito, incluindo o de um suposto roubo de um avultado patrocínio, e a investigação a atividades obscuras no seio do organismo, por parte de alguns dirigentes corruptos.
Com Lusa