Ativistas invadiram banco mas PSP agiu de imediato
14:00 Alguns agentes da PSP permanecem na escadaria da AR, por prevenção. Cerca de uma dezena de manifestantes continuam pacificamente no local.
13:30 O mesmo grupo 'apalhaçado' entra numa dependência do BCP, junto à Assembleia da República, obrigando à intervenção de agentes da PSP. "É banqueiro, é guerra por dinheiro", lê-se num cartaz. Sentam-se em frente à agência bancária, mantendo o clima de brincadeira. Acabaram por deixar o local pacificamente.
13:10 Um grupo de jovens, portugueses e alguns estrangeiros, manifesta-se vestido de palhaço. Intitulam-se Clown Army, usando uma forma bem disposta e brincalhona para lutar, inclusive com almofadas, contra o orçamento de Estado. Este é um movimento global que usa roupas de palhaço e táticas não violentas para agir contra a globalização corporativa, a guerra e outras questões.
12:52 Findo o discurso de Arménio Carlos, muitos dos manifestantes começaram a dispersar em direção a Santos, onde pelas 13.30 sairão os autocarros que os levarão de volta a casa. Joel Beja, 52 anos, pasteleiro no Barreiro, entrou ao serviço às 04.00, fez um dos dois bolos que tinha para fazer e o patrão ficou encarregue do outro. Esteve na manifestação mas prepara-se para partir. "Então, o Arménio já falou!"
12:45 O líder da CGTP pediu ao governo e ao Presidente da República que "assumam as suas responsabilidades e dêem a voz ao povo". "Não tenham medo de eleições", exortou Arménio Carlos, indicando outras duas exigências da CGTP para os próximos meses de luta: mudança de políticas e "é hora de o Governo se ir embora". No final, os presentes apoiaram uma resolução da central sindical que, entre outros pontos, apela à participação nas manifestações a 8 de dezembro, no Porto, e 15 de dezembro, em Lisboa.
12:12 Arménio Carlos começou a discursar.
11:58 O secretário-geral da CGTP considerou hoje que "qualquer ato de violência numa manifestação promovida pela CGTP, situação que nunca ocorreu, apenas e só favorecia o Governo", no início da manifestação que decorre em frente à Assembleia da República, noticia a agência Lusa. Na primeira manifestação organizada pela CGTP no local onde a 14 de novembro o encontro terminou em violência (já depois de ter terminado a iniciativa organizada pela CGTP), Arménio Carlos disse que a inter-sindical não fez "nada de especial para evitar a repetição dos distúrbios" e sublinhou que continuam "a apelar a todos aqueles que participam nestas iniciativas a que o façam da mesma forma que o fizeram até aqui. Cada um com a sua autonomia e a sua independência, mas respeitem os objetivos e as orientações" definidos pela organização. "Quanto mais se desviar a atenção daquilo que são os problemas centrais, mais se ilude aquilo que é a opinião pública", acrescentou Arménio Carlos, considerando que a discussão das propostas da CGTP no passado dia 14 de novembro à frente do Parlamento, "a partir das seis horas da tarde, depois daquelas cenas lamentáveis que ocorreram", foi calada pelos incidentes e a violência.
11:45 Líder da CGTP, entidade organizadora da manifestação, já está no palco onde vai discursar mais tarde. Arménio Carlos ouve os discursos de autarcas e outras estruturas sindicais afetas à central sindical.
11:38 Estivadores também já estão junto dos outros manifestantes "para dizer não a este orçamento" e à "política que este governo vai implementar", diz Vítor Dias, presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul. Manifestantes já não se resumem a algumas centenas e chegam aos milhares. Jornalistas no local apontam a possibilidade de já haver cerca de seis mil pessoas.
11:30 Gritam-se palavras de ordem: "O programa de agressão só aumenta a exploração", "É só cortar e roubar quem vive a trabalhar", "Este orçamento é um roubo, quem paga é o povo". António Machado pede que "parem de dar ajudas a quem nem palha produz". O agricultor diz que "é um crime" Portugal ter vendido pão feito com centeio importado de Espanha, quando em tempos o país já produziu toneladas deste tipo de pão. Uma senhora passeia-se descalça com uma bandeira de Portugal numa mãe e um ramo de pinheiro na outra. Na boca, leva uma cenoura.
11:25 Os vários grupos que partiram de locais distintos já se reúnem junto à AR. O secretário-geral da CTGP, Arménio Carlos, assim como Mário Nogueira, líder da Federação Nacional dos Professores, (FENPROF) já estão no local. Discursam agricultores, uma mulher critica o Presidente da República por, enquanto primeiro ministro, "ter arruinado a agricultura". Criticam duramente Passos Coelho por este Orçamento de Estado.
11:00 A maioria dos comerciantes junto à AR, onde está prevista a chegada dos manifestantes, vai manter as lojas abertas até indicações em contrário da PSP, tal como aconteceu na manifestação de 14 de outubro. Quase todos os que estão de portas fechadas fazem-no por outras razões, inclusive a crise. Fátima Mateus, 54 anos, proprietária de uma loja de eletrodomésticos na rua de S. Bento, é uma das que vai manter a loja aberta. "Penso que não haverá problemas. Na última vez fomos aconselhados a fechar a partir de uma certa hora e quando tudo aconteceu já não estava aqui." Já Khalid Mohammad, 47 anos, alfaiate paquistanês há três anos em Portugal, funcionário da alfaiataria Islam, na Calçada da Estrela [perpendicular à AR], abriu a loja às 09.00 mas pensa fechá-la quando chegarem os manifestantes. Na última manifestação várias pessoas entraram na loja para se esconderem e diz que não quer "passar pelo mesmo pesadelo". Mesmo ao lado, Augusto Resende mantém a intenção de não abrir a ourivesaria, apesar de a esta hora não haver confusão. Diz que passou por ali "só para ver como estão as coisas". "Isto já não se faz nada nos dias normais, quanto mais nestes. E na última vez, se não tinha as portas metálicas fechadas, tinham-me partido a montra."
10:45 Uma ou outra loja está fechada, mas a maioria mantém-se em funcionamento. Os comerciantes próximos à Assembleia da República estão expectantes. Se houver confusão, fecham as portas.
10:10 Na sua maioria idosos, manifestantes vão chegando para dizer "basta". Num lado vê-se um cartaz a defender mais apoios públicos para o Douro, há chocalhos e música de intervenção. Uma ou outra bandeira preta.
10:00 Os grupos vão-se juntando em locais distintos, para depois se reunirem em frente à Assembleia da República. O dispositivo policial está montado, enquanto cerca de meia centena de pessoas já está concentrada perto do Parlamento.