Ativista saudita voltou a evitar ser chicoteado

O ativista saudita Raif Badawi voltou hoje a evitar, pela quinta semana consecutiva, a parte das mil chibatadas previstas na sua pena, anunciou a Amnistia Internacional, que pede a sua libertação.
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"Raif não foi chicoteado hoje, novamente. Não temos a certeza porquê, mas ele permanece na prisão", anunciou a organização de direitos humanos na sua conta na rede social Twitter.

Badawi, com 31 anos, levou as primeiras 50 chibatadas da sua sentença no dia 09 de janeiro, no exterior de uma mesquita em Jeddah (oeste), na costa do Mar Vermelho, desencadeando uma onda de indignação internacional.

A sentença previa que o homem levasse 50 chibatadas ao longo de 20 semanas, mas nas duas semanas seguintes o castigo foi adiado devido a razões médicas. No entanto, não foram apresentadas justificações para os adiamentos seguintes.

Raif Badawi, que é co-fundador de um grupo de debate na internet, foi detido em junho de 2012 sob acusações de prática de cibercrime e um juiz ordenou o encerramento da página, depois de ter criticado a polícia religiosa da Arábia Saudita.

O ativista foi inicialmente condenado a sete anos de prisão e 600 chibatadas por insultos ao Islão e por ter criado a rede liberal, mas após um recurso a pena foi acrescida para 10 anos de cadeia e mil chibatadas.

A Arábia Saudita, berço do 'wahhabism", movimento do islamismo sunita ortodoxo, é um reino ultraconservador, onde qualquer crítica à dinastia Al-Saud, às instituições religiosas e ao Islão pode implicar condenações.

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