Ativista Nuno Dala termina greve de fome

O ativista angolano esteve em greve de fome 34 dias e reclamava a entrega de alguns livros e a quantia de 38.500 kwanzas (205 euros)
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Os Serviços Penitenciários de Angola confirmaram esta quarta-feira, o fim da greve de fome do ativista angolano Nuno Dala, que há 34 dias reclamava pela restituição de alguns bens materiais e financeiros, nomeadamente o acesso às suas contas bancárias.

A informação foi hoje avançada à agência Lusa pelo porta-voz dos Serviços Penitenciários, Menezes Cassoma.

Segundo Menezes Cassoma, Nuno Dala parou com a greve de fome e, de forma gradual, disse que retomará a sua alimentação.

Em entrevista terça-feira aos jornalistas, o professor universitário, integrante do grupo de 17 ativistas condenados pelos crimes de atos preparatórios de rebelião e de associação de malfeitores, disse que o fim da sua greve de fome estava dependente da entrega de alguns livros e a quantia de 38.500 kwanzas (205 euros).

O porta-voz dos Serviços Penitenciárioa frisou ainda que Nuno Dala encontra-se desde a manhã de hoje internado na clínica Girassol, onde deverá estar pelo menos uma semana em exames e em reeducação alimentar.

"Ele parou com a greve de fome, e está agora a ser alimentado à base de sumos e chás, até que passe a uma alimentação mais sólida", adiantou Menezes Cassoma.

De acordo com o responsável, Nuno Dala está bem e os exames feitos na clínica confirmam o seu estado de saúde.

Quanto aos livros e os 38.500 kwanzas cuja devolução Nuno Dala reclama, Menezes Cassoma disse que o estabelecimento penitenciário de Caquila já foi contactado para serem entregues, enquanto ao Serviço de Investigação Criminal vai ser levada a questão do dinheiro.

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