Atirador tinha transtornos cujos sinais foram ignorados

O chefe do Pentágono reconheceu hoje que o comportamento e transtornos psiquiátricos do autor do tiroteio em Washington constituem sinais de alerta que foram ignorados e levantou a questão das condições de acesso às instalações militares.
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Dois dias depois da tragédia, o retrato do autor do tiroteio, Aaron Alexis, é a de um homem que pareceria profundamente perturbado, no entanto, tinha um certificado de sergurança emitido pelo ministério da Defesa e foi capaz de comprar, de forma legal, uma arma de fogo.

Através da sua acreditação, Aaron Alexis podia trabalhar numa empresa subcontratada da Defesa e teve a possibilidade de entrar, na segunda-feira de manhã, num complexo de edifícios de escritórios da Marinha, onde abriu fogo, matou 12 pessoas e feriu outras oito, antes de ser morto pela polícia.

No entanto, este ex-membro da marinha norte-americana tinha um historial de problemas comportamentais, incluindo, pelo menos, um episódio de delírio psicótico que aconteceu este verão.

"Obviamente, houve um problema em qualquer parte", admitiu hoje o secretário da Defesa, Chuck Hagel, durante uma conferência.

"Quando olhamos em retrospetiva, claro que havia sinais de alerta em curso e houve".

No entanto, "porque é que eles não foram detetados, porque não foram tidos em conta" são "questões legítimas que temos de responder", afirmou.

Hagel anunciou a abertura de várias investigações e que se deve rever a "segurança e o acesso a todas as instalações do departamento de Defesa em todo o mundo".

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