Atirador de Fort Hood quer ser condenado à morte
A pena de morte pode ser o castigo determinado pelo tribunal pela matança naquela base, situada no Estado do Texas, em novembro de 2009, ocasião em que Hassan faz ainda 32 feridos.
O tenente-coronel Kris Poppe solicitou à juíza militar Tara Osborn que impedisse Hasan de se representar a si mesmo, como lhe foi permitido, ou e então que lhe permita ser assistido na defesa por advogados, como ele próprio, para que se possa distanciar do assunto.
"Está claro que o seu objetivo é o de suprimir todos os obstáculos e entraves à [determinação da] pena de morte", sublinhou Kris Poppe, ao intervir no tribunal no segundo dia do processo.
"Se ele decidir que se quer bater para evitar a pena capital, então nós [os advogados] estaremos presentes e prontos para o defender", acrescentou.
Mas Hasan, de 42 anos, interrompeu o advogado, considerando que as suas afirmações eram "uma deformação da realidade", garantindo que se queria fazer passar por mártir.
A juíza Osborn decidiu então fazer sair as pessoas da sala, para poder discutir em privado com o acusado esta questão, antes de adiar a audiência.
Considerado um 'lobo solitário' da Al-Qaeda, Hasan reconheceu, por várias vezes, ter morto 13 pessoas e ferido dezenas de outras em Fort Hood, mas o código militar interdita-lhe negociar uma pena declarando-se culpado.
O acusado, que se preparava para partir para o Afeganistão antes do tiroteio, já tinha afirmado que fez o que fez para defender os seus irmãos muçulmanos contra uma guerra "ilegal" neste país.
Durante uma curta declaração na abertura do julgamento, na terça-feira, Hasan também reconheceu ter sido ele o "atirador".
Depois de ter dispensado os seus advogados, Hasan obteve o direito de assegurar a própria defesa e indicou que tenciona chamar duas testemunhas enquanto, ao contrário, a acusação pretende convocar cerca de 250.