Atirador da mesquita no Quebeque acusado de seis homicídios
Um estudante de Ciência Política do Quebeque foi acusado de seis crimes de homicídio premeditado por ter abatido a tiro seis fiéis numa mesquita do Quebeque, Canadá, anunciou na segunda-feira à noite a polícia canadiana.
Alexandre Bissonnette, de 27 anos, admirador confesso do novo Presidente norte-americano, Donald Trump, enfrenta também cinco acusações de homicídio na forma tentada, correspondentes a cinco pessoas hospitalizadas em estado grave.
Um porta-voz da polícia precisou que há buscas ainda em curso e que a polícia espera obter provas que conduzam a uma acusação formal de "terrorismo e atentado à segurança nacional".
A Universidade Laval, situada perto da mesquita onde se deu a tragédia, indicou que "o suspeito detido por ligação ao atentado terrorista ocorrido no Centro Cultural Islâmico do Quebeque" era estudante da Faculdade de Ciências Sociais.
Envergando uma túnica branca, o jovem saiu algemado de uma viatura da polícia antes de ser presente a um juiz.
A Polícia Real do Canadá (polícia federal) informou que há cerca de 80 agentes destacados para concluir a investigação.
Foi o próprio estudante quem telefonou à polícia cerca de meia hora após o atentado para assumir a autoria e entregar-se, tinha já indicado a polícia.
Alexandre Bissonnette deverá comparecer novamente em tribunal a 21 de fevereiro, para uma audiência na qual o procurador do ministério público apresentará formalmente as acusações dos crimes que lhe são imputados.
No domingo, seis pessoas morreram e 17 ficaram feridas, cinco das quais com gravidade, quando o estudante abriu fogo numa mesquita da cidade do Quebeque, um incidente classificado pelo primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, como um "ataque terrorista".