Polícia está a investigar rede de terroristas

Sete detidos após atentado suicida que matou 22 pessoas em Manchester, incluindo dois irmãos e o pai do terrorista
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O chefe da polícia de Manchester Ian Hopkins afirmou que o atentado que matou 22 pessoas na segunda-feira foi "claramente" planeado por uma "rede" terrorista. Já foram detidas cinco pessoas na Inglaterra, incluindo um dos irmãos do autor do atentado. Um segundo irmão do suspeito foi detido na Líbia, assim como o pai de Salman Abedi.

Ian Hopkins revelou ainda esta quarta-feira que as autoridades realizaram uma explosão controlada durante uma rusga em Manchester.

"Claramente estamos a investigar uma rede", disse Ian Hopkins numa conferência de imprensa. Resta saber se a rede ou célula terrorista que planeou o ataque tem a sua sede em Manchester, aponta o The Guardian.

O governo decidiu aumentar para o nível mais alto o grau de ameaça terrorista contra o Reino Unido.

Um dos irmãos de Salman Abedi foi detido na terça-feira em Tripoli, na Líbia, onde vive a família do bombista suicida. Hashem Abedi foi preso por suspeitas de ligação ao Estado Islâmico, segundo a Reuters. O Telegraph avança que também o pai, Ramadan Abedi, foi preso na Líbia esta tarde.

Em Manchester, foram detidos Ismael Abedi, de 23 anos - outro dos irmãos do bombista suicida - e outras quatro pessoas, por suspeitas de ligação ao atentado suicida no sul de Manchester.

Um dos suspeitos tinha na sua posse um "pacote suspeito" no momento da detenção, em Wigan. Segundo o The Guardian, as autoridades estão a tentar desarmar a embalagem.

Foi divulgado pela BBC um vídeo que mostrará esta detenção em Wigan.

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Salman Abedi, de 22 anos, nasceu em Manchester, filho de pais líbios fugidos ao regime de Muammar Kadhafi. A ministra do Interior britânica Amber Rudd já tinha afirmado que Salman provavelmente não atuou sozinho.

"Parece provável, possível, que ele não fez isto por conta própria, pelo que os serviços secretos e a polícia estão a seguir todas as pistas para garantir que obtêm toda a informação de que precisam para nos manter em segurança", afirmou à rádio BBC, numa entrevista em que também disse que o suspeito já estava referenciado pelas autoridades.

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Hopkins esclareceu ainda que todos os familiares das vítimas mortais já foram contactados pelas autoridades e estão a receber apoio de técnicos especializados.

Morreram 22 pessoas na sequência de um atentado com bomba no Manchester Arena, no final de um concerto da cantora Ariana Grande. Há ainda 64 feridos, 20 dos quais em "estado crítico".

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Entre as vítimas mortais está uma agente da polícia de Cheshire, uma menina de oito anos, a vítima mais nova, e Gina, a adolescente de 18 anos que foi a primeira a ser identificada.

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O chefe da polícia de Manchester afirmou também que as autoridades estão a ser auxiliadas pelo exército que e que se regista uma elevado número de agentes armados em Grande Manchester. "Isto é para colocar os militares em Londres e outros locais e libertar agentes policiais armadas para apoiarem as forças policias", esclareceu Hopkins.

O atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, foi o mais mortífero no Reino Unido desde que quatro bombistas suicidas mataram 52 pessoas que viajavam em autocarros e no metropolitano de Londres, em 2005.

[Notícia atualizada às 18 horas: acrescenta informação sobre novas detenções]

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