Astronautas explicam a Trump lei que ele próprio assinou

Presidente dos EUA esteve à conversa com Peggy Whitson e Jack Fischer, que estão na Estação Espacial Internacional
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Donald Trump teve, esta segunda-feira, uma chamada de longa distância com os astronautas da NASA Peggy Whitson e Jack Fischer. Ambos estão neste momento na Estação Espacial Internacional (ISS na sigla inglesa).

O objetivo da conversa era congratular Whitson por se ter tornado o norte-americano com mais horas acumuladas passadas no espaço. Mas a conversa chegou a outros assuntos, como a ida a Marte.

No tópico Marte, Trump mostrou não saber algumas coisas sobre algo que assinou recentemente. Uma das suas questões para Whitson foi mesmo quando é que seria possível ter uma missão tripulada a Marte. O Presidente dos EUA assinou uma lei no mês passado em que diz à NASA exatamente quando é que a agência deverá enviar alguém ao planeta vermelho. E Whitson relembrou-o disso.

"Bem, como a sua lei diz, será aproximadamente em 2030", disse Peggy, que também recordou Trump que está a ser construído um novo foguetão, o Space Launch System (SLS) para esse exato propósito.

"Queríamos tentar fazer isso [ir a Marte] durante o meu primeiro mandato ou, no pior dos casos, durante o segundo, portanto temos de acelerar um bocadinho isso, ok?", disse Donald Trump.

O "problema" é que o primeiro voo do SLS apenas está programado para 2018, na melhor das hipóteses, de acordo com o The Verge, e seria à volta da Lua. Uma viagem tripulada? Apenas lá para 2019, também na melhor das hipóteses, e também à volta da Lua. No entanto, seria necessário um aumento substancial do orçamento da NASA para tal acontecer.

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Mostrou-se ainda orgulhoso pelo facto de ter assinado uma lei que coloca a NASA em posição de enviar alguém a Marte, apesar de o querer muito mais cedo do que o que diz o documento que assinou.

Falou ainda sobre o poder militar dos EUA, dizendo que estava a reconstruir as Forças Armadas norte-americanas e que serão "as mais fortes" que o país já teve. Acrescentou que há "uma tremenda aplicação militar no espaço".

As palavras de Trump, porém, podem não passar apenas disso, visto que o orçamento da NASA vai ser cortado no ano fiscal de 2018 (para cerca de 17.60 mil milhões), o que pode atrasar os planos de adiantar as viagens a Marte.

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