Assunção Esteves tira a palavra a deputado do PS
Durante a votação da proposta para a reintrodução dos cortes salariais nos ordenados acima de 1.500 euros no setor público, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pediu um 'ponto de ordem' à mesa da Assembleia da República, respondendo a críticas da deputada do BE Mariana Aiveca - que tinha considerado que o Governo estava "a roubar os salários" dos trabalhadores - e repudiando a linguagem usada pela deputada.
Pedindo a palavra à mesa, o deputado do PS Sérgio Sousa Pinto considerou posteriormente que Luís Montenegro fez uma instrumentalização do ponto de ordem e apelou ao rigor por parte da mesa da Assembleia da República.
"A instrumentalização das figuras de ponto de ordem é uma prática lamentavelmente generalizada no Parlamento. Além disso, vamos tentando impedi-la como podemos. Na dialética do debate parlamentar o excesso gera sempre excesso e cabe aos senhores deputados manterem-se dentro dos limites do que é razoável para que a dialética parlamentar não resvale para defraudar as figuras regimentais. A mesa não tem possibilidade de controlar tudo", afirmou Assunção Esteves.
Nesse sentido, Sérgio Sousa Pinto afirmou reservar-se "no direito de requerer a possibilidade de fazer ponto de ordem com a latitude extravagante consentido", considerando que dispõe de "legitimidade igual" à do deputado do PSD.