Associação queixa-se de agressões a funcionários de carrossel
A Associação de Empresários de Diversão afirmou que jovens ameaçaram e agrediram funcionários de um carrossel instalado no Senhor de Matosinhos durante a madrugada de hoje, mas a PSP apenas tem registo de alegados distúrbios na segunda-feira à tarde.
Segundo Luís Paulo Fernandes, da Associação Nacional de Empresários de Diversão, um grupo de jovens agrediu e ameaçou hoje de madrugada funcionários do carrossel associado à morte de um jovem, no domingo, nas festas do Senhor de Matosinhos.
Já durante a tarde de segunda-feira "houve um pedido de auxílio à PSP" na sequência de "distúrbios provocados por um grupo de jovens" no mesmo local, onde já decorre a desmontagem dos equipamentos, afirmou o presidente da associação.
Luís Paulo Fernandes disse que "houve agressões durante a noite" de hoje e que os "distúrbios" obrigaram proprietários de carrosséis ali instalados a "lançar um SOS de auxílio a donos de equipamentos que estão a ser instalados na rotunda da Boavista", no Porto, para se deslocarem até Matosinhos com camiões para ajudar a retirar os divertimentos mais depressa.
"Quem são os jovens, nós não sabemos", disse, "mas eram bastantes e agrediram à pedrada e ameaçaram que incendiavam o equipamento" relacionado com a morte do jovem de 17 anos.
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Contactada pela Lusa, fonte das relações públicas do Comando Metropolitano do Porto da PSP afirmou que não há nenhum registo de distúrbios naquele local durante a madrugada de hoje, apenas durante a tarde de segunda-feira.
"A PSP foi chamada ao local pelas 16:00 [de segunda-feira] devido a distúrbios de um grupo de jovens com feirantes que se encontravam a desmontar os equipamentos. No local, a PSP não viu nada, não presenciou nada, mas identificou algumas pessoas", disse a mesma fonte do Comando.
Para Luís Paulo Fernandes, estes acontecimentos por ventura "provam o que provavelmente aconteceu" no domingo.
"As pessoas não acatam ordens dos monitores (...). A sociedade não é o que queríamos", lamentou.
O responsável afirmou na segunda-feira à Lusa que o acidente não foi provocado por "uma cadeira que se soltou" mas por um "mau comportamento do utilizador", tendo apelado a que todos "cumpram as regras de segurança expostas nas bilheteiras" daqueles divertimentos.
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"Pelo que dizem testemunhas no local, houve um mau comportamento do utilizador, que, não sabemos como, conseguiu levantar-se. Ele não é projetado nem a cadeira de soltou. O carrossel foi alvo de inspeções e nada se partiu. O carrossel já teve, no domingo, ordem para funcionar. Apenas não funcionou por respeito à vítima", esclareceu Luís Paulo Rodrigues.
Luís Paulo Fernandes espera agora que "as autoridades apurem o que de facto aconteceu", estando certo que "o juiz que ficar com o caso vai repor a verdade de que nada se partiu".
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Matosinhos afirmou que a polícia está desde o início das festas junto ao recinto dos equipamentos de diversão e que apenas sairá do local assim que tudo estiver desmontado.