Associação hoteleira nega haver razões para alarmismo

A Associação de Hotelaria de Portugal rejeitou hoje haver razões para alarmismo quanto à ocorrência de assaltos em hotéis, cujo número não é significativo na área da PSP e não ultrapassa os cinco na área da GNR.
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"Este crime organizado em hotéis é demolidor para a imagem de um destino turístico", disse à agência Lusa Cristina Siza Vieira, presidente da direcção executiva da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), defendendo que "o fenómeno é preocupante e deve ser prontamente atacado". De acordo com a mesma responsável, os recentes assaltos a hotéis em Albufeira e Setúbal, não são em número suficiente para "haver razões para alarmismos", mas a manutenção da imagem de Portugal como um destino turístico seguro justifica "um trabalho coordenado das forças de segurança e dos hoteleiros". Segundo Cristina Siza Vieira, não basta dizer "que há baixos índices de criminalidade, é necessário também haver uma percepção de segurança, feita sobretudo de haver polícias nas ruas e de o turista se sentir seguro nos hotéis".

Para isso, defendeu não só o reforço do policiamento das zonas balneares, como "algum investimento dos hotéis em segurança privada, permitida por lei, e a existência de câmaras de segurança nos locais públicos, como os átrios". A agência Lusa contactou tentou obter também as posições sobre o assunto da parte da Associação de Hotelaria e Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e da Associação de Directores de Hotéis de Portugal, mas até ao início da tarde de hoje nenhum responsável destas entidades esteve disponível para prestar declarações. Já a Direcção Nacional da PSP informou que "a maioria das situações identificadas situam-se na área de competência da GNR" e que as situações de assaltos a estabelecimentos hoteleiros na área da PSP "são pontuais, não correspondendo a qualquer fenómeno criminal".

Fonte da GNR, por seu turno, assegurou que apenas se registaram "cinco assaltos a hotéis, desde o início do ano", nomeadamente um no Algarve (em Janeiro), um em Palmela (junho) e, já em Julho, um no Algarve (Albufeira) e dois em Setúbal (Vale Torres e Azeitão). "São números relativamente baixos e que demonstram que não se trata de uma situação descontrolada", sublinhou a mesma fonte, ressalvando que "tem havido uma colaboração excelente entre a GNR e a Polícia Judiciária (PJ) para combater estas situações".

De acordo com a GNR, "há uma tendência para a criminalidade se deslocar para os locais onde se concentram mais pessoas e mais bens e dinheiro". "Estamos atentos a este fenómeno e a combatê-lo em estreita colaboração com a PJ", acrescentou a fonte. Nesse sentido, a GNR havia já procedido a um reforço de 82 efectivos no Algarve e colocou recentemente mais 180 elementos no terreno.

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