Associação de laboratórios critica restrições a utentes

O presidente da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANLC), António Taveira, considerou hoje "completamente catastrófica" a decisão da Unidade Local de Saúde do Nordeste de estar a obrigar os utentes a fazerem as colheitas para análises nos centros de saúde.
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"É uma situação completamente catastrófica, porque os laboratórios têm convenções com o Estado há mais de 30 anos, estão habituados a prestar serviços às populações e têm uma taxa de cobertura superior a 90 por cento", disse António Taveira, sublinhando que a medida adotada pela Unidade de Saúde do Nordeste viola o "princípio da livre escolha".

Sublinhou que se a "normalidade" não for reposta, a Associação irá recorrer para o Tribunal, por haver muitos princípios que estão a ser violados, sobretudo o da livre escolha.

António Taveira referiu que a Unidade de Saúde Local do Nordeste está por "autorrecriação a impedir os utentes de realizarem análises clínicas nos laboratórios privados convencionados, obrigando os doentes a irem aos seus postos de saúde fazer as colheitas, que depois são enviadas para os laboratórios hospitalares".

"O que está a acontecer é que como o Estado não comparticipa nas despesas de deslocação e como são os utentes que têm que as suportar acabam por não fazer os exames já que as taxas moderadoras também aumentaram", disse António Taveira, sublinhando que aquela "medida avulsa" da entidade de saúde do nordeste transmontano está a provocar a "perda de um instrumento fundamental para a população muito idosa".

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