Assessora da Raríssimas acusada de arruinar outra associação

Coordenadora do departamento jurídico terá deixado um prejuízo de 144 mil euros na Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
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Manuela Duarte Neves, coordenadora do departamento jurídico da Raríssimas, foi afastada compulsivamente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), onde deixou um prejuízo de 144 mil euros, avança hoje o Jornal de Notícias.

De acordo com este jornal, a assessora da Raríssimas - associação cuja fundadora se demitiu da presidência após acusações de gestão danosa -, Manuela Duarte Neves, foi secretária-geral da SPEM até 2015, recebendo ilegalmente um salário superior a dois mil euros. Foi a diretora financeira do organismo, Susana Protásio, que denunciou a advogada, a qual rumou então à Raríssimas, onde continua, tendo dado esta semana uma conferência de imprensa em nome dos trabalhadores a apelar ao Governo apoio para a instituição.

De acordo com o JN, que teve acesso a documentação financeira, Manuela Duarte Neves terá pedido à farmacêutica Merck para pagar o doutoramento de uma amiga, há avenças pagas à empresa de advogados em que colaborava, há o pedido de contratação de uma secretária e pedidos de apoio mal formulados.

A advogada receberia cerca de 2300 euros mensais, segundo recibos a que o JN teve acesso, mas a direção apenas aprovara o pagamento de 1300. Em 2016, a SPEM foi sancionada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, um grande financiador, depois de este ter detetado que parte do dinheiro dado para um projeto teatral tinha sido desviado para outros fins.

Ao JN, Manuela Duarte Neves mostrou-se chocada com as acusações e acusou a SPEM de lhe ter ficado a dever milhares de euros em viagens de avião e portagens. Disse ainda que Susana Protásio boicotou a sua gestão da instituição e que avisou nas reuniões para a saúde débil das contas da associação.

No passado, Manuela Duarte Neves moveu um processo por difamação a Susana Protásio, o qual foi arquivado.

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