Assange pede revogação do mandado de detenção europeu

Os advogados de defesa basearam o pedido no parecer que considerou Assange vítima de detenção arbitrária.
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A defesa de Julian Assange pediu hoje a um tribunal de Estocolmo que revogue o mandado de detenção europeu emitido em 2010 contra o fundador do Wikileaks por uma acusação de violação.

Os advogados de defesa basearam o pedido no parecer, divulgado a 05 de fevereiro por um grupo de trabalho da ONU, que considerou Assange, refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, vítima de detenção arbitrária.

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A defesa pede agora para, à luz deste novo elemento, relançar o processo de contestação do mandado de detenção europeu, que perdeu anteriormente no tribunal de recurso de Estocolmo e no Supremo Tribunal da Suécia.

"Queremos que reexaminem a decisão e que a anulem", disse um dos advogados, Tomas Olsson, à agência France Presse.

"Penso que (o parecer da ONU) é um facto importante e que deve ser tido em conta", acrescentou.

O mandado de detenção europeu foi emitido em novembro de 2010 para ouvir o australiano sobre acusações de delitos sexuais apresentadas três meses antes por uma cidadã sueca.

Assange, que nega as acusações, considerou o parecer da ONU uma "vitória histórica".

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