As meninas de Cristina Branco

A poucos dias do lançamento do novo disco, um retrato íntimo da cantora que não se considera fadista mas agradece a Amália por ter entrado neste caminho que a leva agora ao 14º álbum. Visita exclusiva aos bastidores de <em>Menina</em>, com passagem pela infância, por Almeirim, onde cresceu, e pela Holanda, onde viveu.
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São dez e meia da noite de 13 de agosto. Cristina Branco sobe ao palco para apresentar Menina ao público português. Blusa florida, saia negra, rodada, a cobrir os joelhos. A voz nómada, impecavelmente afinada e sem trejeitos, em discurso direto com o público que encheu a praça de Cem Soldos - a aldeia perto de Tomar que acolhe o Festival Bons Sons -, conta a primeira história:

E às vezes dou por mim quando ninguém está a ver
Será que é por tanto querer que ninguém me quer
Sozinha na moldura na casa dos meus pais
Dizem que estou madura e eu não quero esperar mais

Acompanhada pelos músicos Bernardo Moreira (contrabaixo), Luís Figueiredo (piano) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa), a este E às Vezes Dou por Mim (letra de André Henriques, dos Linda Martini, e música de Filho da Mãe) sucedem A Meio do Caminho (letra de Nuno Prata e música de Pedro Cardoso [Peixe]), Alvorada (de Luís Severo), e Boatos (de Jorge Cruz, dos Diabo na Cruz).

Vai o concerto a meio, sai a pergunta: «Nota-se que estou um bocadinho nervosa?».

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