As luzes e sombras que Nuno Teotónio Pereira viu da janela
É o lado B do arquiteto dos Bloco das Águas Livres, do edifício Franjinhas, da Igreja do Coração de Jesus ou do projeto de habitação social dos Olivais Norte. Fotografar. Fá-lo desde os anos 40. A ilustrar os seus projetos, em família, em viagens, por divertimento. E sete dessas fotografias estão até 19 de junho na galeria da Ordem dos Arquitetos, em Lisboa, no âmbito dos 20 anos da livraria A+A. A exposição chama-se A Minha Janela, pois é ela a protagonista desta série.
As fotografias são de 1977, e foram tiradas num dos sítios preferidos de Nuno Teotónio Pereira, a janela da sala da sua casa no Bairro de São Miguel, em Lisboa, onde vivia então e vive hoje. Não se estranha, portanto, que o arquiteto, atualmente com 93 anos, não tenha hesitado em chamar à exposição A Minha Janela", quando Maria Mello, proprietária da livraria A+A na Ordem dos Arquitetos, lhe pediu uma sugestão de nome.
Irene Buarque, mulher do arquiteto e artista plástica, a outra pessoa nos bastidores da exposição, diz que é a sua janela preferida, "uma janela pequena com caixilho de madeira". Que de diferente hoje só tem a persiana e a planta que aparece numa das imagens.