As falhas de segurança que deixam os líderes mundiais à mercê de qualquer um
Tudo não passou de um mero empurrão, mas numa época em que o terrorismo tem vários rostos, os serviços de segurança sabem que não podem arriscar incidentes como o que, a 27 de outubro, aconteceu com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em Leeds, levando à detenção imediata e temporária do presumível agressor.
Cameron saía da Câmara Municipal de Leeds e dirigia-se para o carro que o aguardava quando foi abalroado por um desconhecido. A equipa de segurança interveio e deteve o homem enquanto o primeiro-ministro entrava no carro.
"Atravessei a rua a correr e tudo o que vi foi um grupo de homens de fato a sair da câmara. Passei por entre eles e quando dou por mim tenho meia dúzia de homens de fato a agarrarem-me e a manterem-me no chão", contou Dean Farley, de 28 anos, naquela que é a sua versão do incidente de Leeds.
Farley, de cabelo comprido, fato de treino, auscultadores nos ouvidos e toalha na mão, corria para o ginásio quando deu - ou quase deu - um empurrão a Cameron. "Não vi David Cameron. Não sabia que era David Cameron até que eles me deixaram sair da carrinha da polícia, uma hora mais tarde, e me contaram o que tinha feito", explicou Farley à imprensa.
O incidente foi, depois, minimizado por Cameron, que afirmou confiança total no seu serviço de segurança mas, nas suas declarações, Farley fez uma afirmação de importância fundamental: "Ninguém disse "para, polícia" quando eu atravessei a rua. Não vi qualquer agente de uniforme. Não havia qualquer cordão [de segurança]".