Artur Mas acusado de quatro delitos por consulta do dia 9 na Catalunha

A procuradoria-geral espanhola apresentou hoje uma queixa contra o presidente do governo autónomo catalão Artur Mas por quatro delitos alegadamente cometidos durante a consulta alternativa de 9 de novembro.
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A queixa, apresentada no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, abrange ainda a vice-presidente do governo catalão Joana Ortega e a responsável pela da Educação da Generalitat Irene Rigau. Inclui os delitos de desobediência grave, prevaricação, mau uso de fundos públicos e usurpação de funções.

Mas, que é líder da coligação de centro-direita Convergência e União (CiU), promoveu uma consulta alternativa sobre a independência catalã no dia 9, na qual participaram 2,3 milhões de pessoas. 80,7% votaram "Sim" às perguntas de se a Catalunha deve ser independente enquanto Estado.

O presidente da Generalitat organizou essa consulta depois de o Tribunal Constitucional de Espanha ter ordenado a suspensão da mesma e também do referendo que Artur Mas tinha convocado sobre a independência catalã.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, do Partido Popular, desvalorizou a participação na consulta e usou o argumento da legalidade para lembrar que qualquer referendo sobre a independência catalã viola a Constituição de Espanha. Rajoy prometeu, entretanto, deslocar-se à Catalunha. Mas, por seu lado, dirigiu uma carta ao chefe do Governo espanhol e pediu um diálogo.

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