A Justiça espanhola decidiu hoje absolver os 34 arguidos do processo de entrada na bolsa do Bankia, entre eles o ex-presidente da instituição e antigo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, por suspeitas de fraude..Na sua decisão de 442 páginas, o tribunal destaca que operação de entrada na bolsa de valores em 2011, que se suspeitava ter sido fraudulenta, tinha recebido luz verde "de todas as instituições necessárias"..Mesmo assim, considera que o prospeto de entrada continha uma "ampla e rigorosa" informação financeira e não financeira, e salienta que durante o julgamento apenas foram expostas ações genéricas dos arguidos e não ações concretas..Aquando da entrada em bolsa, a situação do Bankia tinha sido apresentada como muito lucrativa, mas um ano mais tarde o banco teve de ser resgatado pelo risco eminente da falência, e em seguida foi nacionalizado à pressa, através da injeção de um grande pacote de ajudas de Estado de 22 mil milhões de euros, que obrigou Espanha a recorrer a empréstimos europeus..Uma das consequências deste processo foi que cerca de 300 mil pequenos acionistas perderam os seus fundos investidos na instituição..No julgamento que durou 10 meses, o Ministério Público pediu oito anos e meio de prisão contra Rodrigo Rato, que foi acusado de falsificar o balanço e defraudar investidores, quando dirigiu o banco de 2010 a 2012..Foram também pedidas penas de prisão entre seis meses e seis anos para 14 dos 32 arguidos, incluindo quatro outros executivos superiores do Bankia..Rodrigo Rato, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, de 2004 a 2007, já está a cumprir uma pena de quatro anos e meio por desvio de fundos quanto esteve no Bankia.