Começou cedo a romaria à porta do Coliseu dos Recreios. O momento era histórico, até porque não é todos os dias que dois artistas portugueses (ou de qualquer outra nacionalidade) conseguem a proeza de esgotar 17 datas nas mais emblemáticas salas nacionais, numa sucessão de concertos que se vai prolongar até ao dia 28 de março..Houve até quem se enganasse na data: "Minha senhora, este bilhete não é para hoje, é para amanhã", esclarecia um paciente porteiro do Coliseu a uma fã que comprou um bilhete para o primeiro dia. Esqueceu-se foi que, com o passar do tempo e aumento da procura - ou neste caso da loucura -, várias outras datas foram sendo acrescentadas..[youtube:aASoAjInLHo].Dentro da sala, nas primeiras filas, viam-se outras caras conhecidas, como a fadista Mariza ou a cantora Luísa Sobral. A expectativa era alta, tão alta que foi quase em total silêncio que as cortinas se abriram e, ainda às escuras, se ouviu a guitarra em distorção de Miguel Araújo, a atacar uma versão elétrica de Foi Deus, o clássico imortalizado por Amália Rodrigues, logo em seguida cantado quase à capela por António Zambujo. Um momento solene, em tudo contrastante com o que se viria a passar nas quase duas horas restantes, com os dois artistas a falar, a contarem histórias e a trocar canções, como se de um vulgar serão entre amigos se tratasse, igual a tantos outros passados juntos - nem sequer faltava uma pequena mesa, com uma garrafa de vinho e dois copos de pé alto, que proporcionaria as mais diversas piadas ao longo da noite..Leia toda a reportagem na edição de amanhã do DN