Arábia Saudita adia chicotadas a ativista por questões médicas

(ATUALIZADA) Raif Badawi foi submetido há uma semana à primeira sessão de 50 chicotadas e a segunda estava agendada para hoje. BBC avança que pena vai ser revista.
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A BBC avança que a pena do ativista Raif Badawi relativa às chicotadas vai ser revista e que o seu caso foi enviado para o Supremo Tribunal pelo rei saudita. Segundo o site da TV inglesa, a mulher deste bloguer diz que este tem esperança de que as autoridades querem pôr um fim ao castigo.

Hoje mesmo, a Arábia Saudita adiou a sessão de chicotadas públicas a Raif Badawi, prevista para hoje, por razões médicas. O bloguer e ativista fora condenado a mil chicotadas (distribuídas por 20 sessões de 50) e a 10 anos de prisão por ter insultado o Islão.

A primeira sessão de 50 chicotadas aconteceu na sexta-feira passada e na quarta-feira a mulher de Raif disse à Amnistia Internacional que receava que o marido não resistisse à que estava agendada para hoje.

A Amnistia Internacional anuncia hoje que a flagelação pública foi adiada depois de se ter constatado, através de um exame médico, que as feridas anteriores ainda não tinham sarado convenientemente e que este não iria resistir a uma nova sessão. O médico que realizou o exame recomendou que a sessão fosse adiada uma semana.

Sem ter garantias de que a Arábia saudita tenha cumprido a recomendação médica, a Amnistia Internacional realça que o adiamento demonstra "a brutalidade desta punição" e a sua "desumanidade ultrajante".

Para o organismo, o facto de as autoridades sauditas adiarem a sessão para que este melhore e depois lhe darem mais chicotadas é "macabro". "Raif ainda está em risco imediato", remata a Amnistia Internacional, lembrando que a flagelação é proibida pelo direito internacional.

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