Apresentado mapa eleitoral da Guiné-Bissau com 2.022 distritos

O diretor do cadastro da Guiné-Bissau, Braima Biai, apresentou hoje o novo mapa eleitoral do país, com 2.022 distritos eleitorais, numa altura em que o Governo estuda "a melhor forma" de fazer o registo de potenciais votantes.
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O novo mapa cartográfico vai permitir às brigadas do recenseamento de potenciais eleitores saberem onde colocar as mesas do registo de cidadãos e também as assembleias no dia do voto.

O trabalho foi feito nas cidades, vilas e aldeias, precisou Biai, notando que a região de Bafatá, no leste, é aquela onde se denota "maior alteração" com o surgimento de novas aldeias.

A Guiné-Bissau tem marcadas eleições legislativas para 18 de novembro, mas até ao momento o Governo depara-se com dificuldades para encontrar equipamentos para o registo de cerca de um milhão de potenciais eleitores.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, anunciou em entrevista à Lusa e RTP-África, que o Governo conta com ajuda de Portugal nesse sentido.

O executivo guineense aguarda pela resposta de uma missão técnica portuguesa que esteve em Bissau na semana passada sobre as possibilidades de um apoio ao processo do registo de eleitores.

"Estamos a tentar, com Portugal, utilizar o dispositivo que eles utilizam no recenseamento eleitoral", declarou o primeiro-ministro guineense, que conta com ajuda portuguesa para "fazer rapidamente o recenseamento eleitoral", sem esperar pelos equipamentos mandados adquirir pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com fundos da Guiné-Bissau.

O Governo guineense disponibilizou ao PNUD cerca de 1,6 milhões de euros para compra dos equipamentos do registo eleitoral dos cidadãos, mas aquela instituição só estará em condições de entregar a encomenda no mês de outubro.

Aristides Gomes admitiu que se esperar pelos equipamentos a serem adquiridos pelo PNUD a "data de 18 de novembro estará comprometida", daí ter vários planos alternativos, disse.

Além de Portugal, Bissau pediu à Nigéria e Timor-Leste o empréstimo ou a oferta dos equipamentos, mas também lançou um concurso público internacional para contratação de uma empresa que tenha os materiais prontos para realizar o recenseamento, juntamente com técnicos guineenses.

Em caso desta última hipótese, Aristides Gomes adiantou que o Governo mobilizou uma verba suplementar de 2,5 milhões de dólares (cerca de 2.136 mil euros) para custear as operações do registo eleitoral.

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