Apoiantes da ex-presidente sul coreana envolvem-se em confrontos com a polícia
Um grupo de apoiantes de Park Geun-hye envolveu-se hoje em confrontos com a polícia e jornalistas que se encontravam frente à casa da ex-presidente da Coreia do Sul destituída na sexta-feira.
Uma dezena de apoiantes de Park, que inicialmente se encontravam concentrados junto ao edifício da presidência sul-coreana, no sul de Seul, organizaram uma vigília frente à residência da ex-presidente, agitando bandeiras e insultando os jornalistas presentes no local.
Os manifestantes tentaram impedir os fotógrafos e os repórteres das televisões de captarem imagens do interior da casa de Park Geun-hye, situada no bairro de Gangnam, em Seul.
O comportamento dos apoiantes da ex-presidente obrigou a polícia a intervir.
Por volta das 15:30 (06:30 em Lisboa) o número de jornalistas e de apoiantes de Park aumentou o que levou as autoridades a instalar barreiras para separar os dois grupos.
Os apoiantes da ex-presidente envolveram-se em violentos confrontos com a polícia no sábado e na sexta-feira, depois do Tribunal Constitucional ter anunciado a ratificação da destituição de Park, aprovada pelo Parlamento no passado mês de dezembro, por ligações à rede "Rasputina".
Nos confrontos dos últimos dias, três apoiantes de Park morreram e várias pessoas ficaram feridas.
Segundo a agência Yonhap, muitos dos seguidores de Park declaram-se "nostálgicos" da ditadura de Park Chung-hee, pai da chefe de Estado destituída, e que governou o país entre 1961 e 1979.
Para os apoiantes da família Park, o processo de destituição foi uma conspiração dos partidos de esquerda e dos meios de comunicação social.
Na sexta-feira, o Tribunal Constitucional considerou que a ex-presidente infringiu a lei ao permitir que a amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", se tivesse imiscuído em assuntos de Estado, sem ocupar qualquer cargo público e envolvendo-se em processos de extorsão de fundos a grandes empresas sul-coreanas.
Após a decisão do Tribunal Constitucional, Park perdeu a imunidade e o Parlamento é obrigado a marcar eleições presidenciais nos próximos 60 dias.
Segundo a Yonhap, que consultou especialistas, é provável que as eleições se realizem no próximo dia 09 de maio.