Foi lançado nos Estados Unidos, em 2009, e rapidamente ganhou popularidade: hoje é a principal aplicação de conversas e de mensagens, com dois mil milhões de utilizadores. A segurança das conversas e das mensagens é assegurada pela encriptação ponto a ponto -- entre o emissor e o recetor. Mas tem um senão. É propriedade da Meta, juntamente com o Facebook e o Instagram, que partilha informação com a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). A empresa vende informações pessoais da maioria de seus utilizadores..Os irmãos Nikolai e Pavel Durov criaram, primeiro, a rede social russa VKontakte. Desentenderam-se com Vladimir Putin. Em 2016, a partir do Dubai, lançaram o Telegram. A aplicação tem 700 milhões de utilizadores. As conversas e a troca de mensagens entre dois utilizadores são encriptadas ponto a ponto e nem o servidor tem acesso ao conteúdo. Mas há especialistas em cibersegurança que desconfiam da privacidade das mensagens entre um grupo: não têm a encriptação como padrão de segurança. Isso permitiu, por exemplo, a interceção e divulgação no Brasil de mensagens trocadas entre o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro sobre a Operação Lava Jato..A aplicação -- que tem 100 milhões de utilizadores mas foi a que mais cresceu no último ano -- foi lançada em 2014 pela Signal Foundation, instituição sem fins lucrativos dirigida por Moxie Marlinspike. O fundador leva tão a sério a privacidade que até faz questão de não tornar público o seu verdadeiro nome: Moxie Marlinspike é pseudónimo. As conversas e mensagens através do Signal estão encriptadas de ponto a ponto -- e nem o servidor tem acesso às chaves da cifra. A aplicação tem uma sólida reputação de segurança -- de tal maneira que jornais como o The Guardian, The Washington Post, The New York Times e The Wall Street Journal a recomendam aos seus repórteres..A troca de mensagens pelo TikTok, aplicação controlada pela empresa chinesa ByteDance, é tão segura como um castelo de cartas ao vento. Esta rede social recolhe e armazena inúmeras informações dos seus utilizadores -- como, por exemplo, as preferências pessoais, o modelo de telefone, listas de contactos, informações sobre seguidores e ainda a interseção de mensagens. A quantidade de informações que é exposta sobre a vida dos utilizadores do TikTok é meio caminho andado, segundo especialistas em cibersegurança, para se ser vítimas de fraude ou de um golpe de roubo de identidade..Foi desenvolvido na Austrália pela Loki Foundation, uma organização não-governamental focada na defesa da privacidade. Não tem um servidor central mas uma rede de servidores espalhada pelo mundo -- o que torna quase nulo o risco de intrusão. Além disso, o Session não pede aos utilizadores qualquer dado pessoal, nem um número de telefone, nem um endereço de e-mail. O conteúdo é encriptado ponto a ponto. A aplicação nunca sabe quem é o utilizador e com quem está em contacto..O Viber foi criado em 2010 pelo israelita Talmon Marco -- que o vendeu, quatro anos depois, à Rakuten, uma companhia japonesa de comércio eletrónico, por 658 milhões de euros. Tem hoje perto de 300 milhões de utilizadores. Começou por ganhar popularidade como uma aplicação para enviar mensagens e fazer chamadas gratuitamente entre telemóveis ligados à internet. Em 2013 lançou um serviço semelhante para computadores -- o Viber Out. As conversas e as mensagens são encriptadas ponto a ponto e nada fica armazenado nos servidores..Esta aplicação para chamadas de voz e de vídeo e trocas de mensagens foi desenvolvida pela Algento, uma empresa norte-americana de tecnologia com o quartel-general em São Francisco, na Califórnia, e subsidiárias no Dubai e na China. É cada vez mais popular no Médio Oriente. Tal como os concorrentes, o conteúdo é encriptado ponto a ponto entre o telemóvel emissor e o recetor..Quem sabe destas coisas não tem dúvidas: o Messenger serve perfeitamente para falar e trocar mensagens sobre assuntos inocentes mas é perigoso se quiser tratar de alguma coisa que não possa ir parar aos olhos de terceiros. As chamadas de voz ainda vai que não vai. O diabo está nas mensagens: a encriptação não é ativada como padrão de segurança e a privacidade não é confiável.