Apesar da saída de Rubiales, jogadoras espanholas mantêm renúncia à seleção

Jogadoras enviaram uma carta para a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) a explicar as razões da sua decisão.
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As campeãs mundiais de futebol feminino mantêm a posição de não regressar à seleção espanhola por considerarem que não foram feitas alterações estruturais suficientes. Esta posição já tinha sido expressada num comunicado, emitido a 25 de agosto, e voltou a ser reforçado numa carta enviada à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) na manhã desta sexta-feira, na qual expõem os motivos pormenorizados da sua decisão.

As jogadoras consideram que as saídas de Luis Rubiales (ex presidente) e Jorge Vilda (ex-selecionador) não são suficientes quando ainda há pessoas de confiança do antigo presidente em diferentes cargos da federação.

No final da tarde desta quinta-feira realizou-se uma reunião entre as jogadoras espanholas à qual acabou por se juntar o sindicato FUTPRO, na qual foram apresentadas as diferentes posições e se chegou a um acordo. A carta enviada à RFEF explica as razões da decisão das jogadoras.

A decisão das futebolistas é conhecida horas antes de a nova selecionadora feminina de Espanha, Montse Tomé, anunciar o nome das convocadas para os jogos da Liga das Nações, contra a Suécia e a Suíça, nos próximos dias 22 e 26 de setembro, respetivamente.

Espanha ganhou o mundial de futebol que este ano se realizou na Nova Zelândia e na Austrália e cuja final ficou marcada pelo beijo na boca que o então presidente da RFEF, Luis Rubiales, deu à jogadora Jenni Hermoso, durante as celebrações da vitória no estádio de Sydney.

Jeni Hermoso disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma Rubiales.

O comportamento de Rubiales valeu-lhe a abertura de processos disciplinares pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha e por parte da FIFA, que o suspendeu do cargo durante 90 dias.

A jogadora apresentou, por seu turno, uma queixa na justiça por agressão sexual de Rubiales, que inicialmente recusou demitir-se, mas que acabou por se demitir do cargo.

Rubiales é hoje ouvido por um juiz, em Madrid.

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