Ao terceiro dia, o Sudoeste desceu à rua
Esplanadas cheias, filas para o supermercado ou multibanco, grupos de jovens sentados nos passeios e, calo, a praia lotada. Numa papelaria no centro da freguesia, o proprietário foi mesmo obrigado a limitar o acesso a loja a apenas cinco clientes.
Era o próprio quem controlava as entradas, não deixando entrar ninguém com sacos ou mochilas. "Venho gastar o meu dinheiro e ainda sou tratado como um ladrão", queixava-se um jovem na fila, perante o sorriso condescendente do proprietário.
Na única esplanada da praia, no café a Cabaninha, uma rulote com salgados caseiros e sanduiches de pão alentejano, não havia hoje, ao contrário dos dois primeiros dias, qualquer mesa vaga. "Esperemos que continue assim, esperemos que o tempo ajude", suplicava aos céus a proprietária, Maria da Graça, enquanto servia cafés e águas a mais um grupo.