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António Mendonça: "A banca viu na troika a solução para os seus problemas"
Ex-ministro das Obras Públicas concorda com reversão das subconcessões nos transportes e com postura do governo no caso da privatização da TAP
O governo de que fez parte foi não só minoritário como ficou associado ao pedido de ajuda. À distância, como avalia a experiência?
Todo o mandato foi extremamente complexo, entrámos num contexto que foi evoluindo e a própria atitude face à crise alterou-se. O governo tomou posse em 2009, quando ainda se temia as consequências da crise. Ao início, a Europa defendia a saída da crise pela intervenção pública. Vivíamos os efeitos do "Plano Barroso", que queria criar uma resposta global à crise. Pouco depois o contexto mudou, particularmente por causa da Alemanha e houve uma reviravolta. Foi repensado o que estava na base da crise e como reagir. Assumiu-se que a crise vinha dos excessos no défice e dívida e a austeridade ganhou primazia.