António Costa: "Há que tirar ilações e passar das palavras aos atos"

"O trabalho não acabou quando as chamas se apagaram, sublinhou o primeiro-ministro, esta terça-feira, em Coimbra, após visitar alguns dos feridos graves dos incêndios na zona centro
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Para o primeiro-ministro, António Costa, mais do que discutir falhas, chegou a hora da reagir à devastação causada pelos incêndios que fustigaram o centro do País nos últimos dias. "Passada a fase das chamas, é a fase da reconstrução e da resposta à necessidade das pessoas", sublinhou na manhã desta terça-feira, após uma visita de uma hora ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde está internada metade dos 52 feridos graves dos incêndios que fustigaram a zona centro de Portugal nos últimos dias.

"Vamos ter no próximo sábado um Conselho de Ministros onde vamos transformar em medidas o trabalho que foi feita pela comissão técnica independente designada pela Assembleia da República. Mas há outras dimensões do que temos de fazer: cuidar dos feridos, recuperar os territórios", apontou António Costa, explicando que "entre hoje e amanhã, vários membros do Governo visitarão todos os concelhos atingidos, para fazer levantamento dos danos e das respostas concretas [necessárias]".

"O trabalho não acabou quando as chamas se apagaram. Temos de continuar a responder", ressalvou o primeiro-ministro, sem culpar as mudanças na estrutura da Proteção Civil antes do verão com os graves incêndios que depois devastaram o País. "Tudo concorreu para as que coisas corressem pior. Os relatórios são claros a sublinhar que, mais do que problemas conjunturais, há um problema estrutural. Há que retirar as ilações devidas do estudo que foi feito. Há que passar das palavras aos atos, de decidir e executar. É o que vamos fazer", assegurou.

O governante - que já esteve reunido com responsáveis locais na Lousã onde não prestou declarações, vai ainda encontrar-se esta tarde com autarcas do concelho de Oliveira do Hospital -, remeteu para depois das reuniões o esclarecimento quando à adoção de medidas extraordinárias para as populações e empresas atingidas.

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