Antigas estrelas do futebol mundial levam calote no Kuwait

Romário, Ronaldinho, Verón, Rivaldo, Cafu, Yaya Touré, Abidal e Michel Salgado dizm não ter recebido 1,4 milhões de euros cada um para fazerem jogos de exibição
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Romário, Ronaldinho Gaúcho, Juan Verón, Rivaldo, Cafu, Yaya Touré, Abidal e Michel Salgado foram vítimas de um calote de 1,4 milhões de euros cada um, depois de terem sido convidados para jogos de exibição no Kuwait, denominado Alkhurainejtour, que decorreu a 3 de junho.

A revelação foi feita pelo jornal espanhol Marca, explicando que o anfitrião da partida, Mubarak Al-Khurainej, antigo vice-presidente da Assembleia Nacional e do Parlamento do Kuwait, que combinou um cachê de 1,4 milhões de euros, devidamente contratualizados através da agência britânica DreamPro Events, que é liderada pelo filho mais novo de Mubarak.

Os antigos jogadores cumpriram com tudo o que estava no acordo, que contemplava a particupação em eventos, incluindo uma gala e entrevistas, e a participação em jogos com uma equipa de estrelas locais.

Neste tipo de acordos, os jogadores recebem 50% do valor combinado no ato da assinatura do contrato e a outra metade no momento de chegarem ao país. Contudo, todos eles aceitaram receber os 100% do valor assim que chegassem ao Kuwait, confiando que as boas relações de Mubarak Al-Khurainej com a família real seria uma garantia suficiente para que tudo fosse cumprido religiosamente.

À chegada ao país do Médio Oriente, os jogadores receberam comprovativos de pagamento feito através de um banco de Macau, mas ao confirmarem as contas bancárias perceberam que o dinheiro não tinha sido depositado. Confrontada com a situação, a DreamPro Events explicou que tinha havido um problema e que o pagamento iria ser feito novamente, mas a partir de um banco com sede no Dubai... repetindo-se a situação, o que levou os ex-jogadores a entrarem com processos nos tribunais para receber os dinheiro.

A Marca falou entretanto com Ahmed, o filho mais velho de Mubarak Al-Khurainej, que assegurou ter cumprido com tudo o que foi prometido. "Adiantamos os fundos à DreamPro e, quando os jogadores chegaram, transferimos tudo o que havia sido combinado. Inclusive todos eles pediram vários aumentos correspondentes aos impostos cobrados", explicou, acrescentando que os antigos atletas não têm razão nas ações judiciais que intrepuseram.

"Fizemos tudo de forma juridicamente correta. Havia um contrato com a DreamPro e cumprimos toda a nossa parte. Legalmente, estamos tranquilos, mas não queremos ver as lendas do futebol insatisfeitas. Queremos organizar esse torneio de novo e precisamos deles, por isso estou disposto a ir à Espanha para dar minha versão dos acontecimentos", frisou Ahmed Al-Khurainej, que mostrou disponibilidade para "resolver tudo da melhor maneira".

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